Política
Publicado em 08/06/2025, às 12h01 Dani Oliveira
Miguel Uribe Turbay, senador e pré-candidato à presidência da Colômbia que foi vítima de um atentado na noite de sábado, 7, em Bogotá, é filho da jornalista Diana Turbay, foi sequestrada e morta durante a ofensiva violenta do cartel de Medellín, então comandado por Pablo Escobar.
Diana foi sequestrada em 30 de agosto de 1990, ao aceitar um convite para o que acreditava ser uma entrevista com a liderança do grupo guerrilheiro ELN (Exército de Libertação Nacional). Ela dirigia o noticiário televisivo Criptón e viajou até uma região montanhosa no leste de Antioquia com outros profissionais da imprensa.
O convite, no entanto, era uma armadilha montada por Los Extraditables (Os Extraditáveis, em tradução livre), facção formada por narcotraficantes a serviço de Escobar, que buscava impedir a extradição de colombianos para os Estados Unidos.
Além de Diana, foram sequestrados todos os integrantes da equipe de reportagem que cobriria a suposta entrevista. Eles foram levados a uma das propriedades do cartel, onde permaneceram em cativeiro por cerca de cinco meses.
Filha do ex-presidente Julio César Turbay Ayala e de Nydia Quintero, ex-primeira-dama e ativista social, Diana era uma figura pública respeitada e se tornou uma refém estratégica para Escobar. Apesar dos apelos da família, o narcotraficante recusou qualquer tentativa de contato direto com os Turbay.
Mesmo com os pedidos da família, uma operação militar foi autorizada e ocorreu em 25 de janeiro de 1991, na região de Copacabana, em Antioquia. Durante o resgate, os sequestradores mandaram que os reféns subissem uma colina. Houve disparos, e Diana foi baleada. Um helicóptero do Exército chegou a levá-la até um hospital em Medellín, mas ela chegou sem vida.
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