Política

Michelle Bolsonaro pede que Lula "baixe as armas" e evite confronto com os EUA

Michelle alerta que o Brasil é visto como uma 'ditadura disfarçada de democracia' e critica a ideologia do governo atual - Reprodução
A ex-primeira-dama critica a postura combativa do governo e pede fim das provocações ideológicas que prejudicam o país  |   BNews Natal - Divulgação Michelle alerta que o Brasil é visto como uma 'ditadura disfarçada de democracia' e critica a ideologia do governo atual - Reprodução

Publicado em 12/07/2025, às 19h20   Gabi Fernandes



A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro divulgou neste sábado (12) uma carta pública endereçada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na qual pede uma postura mais conciliadora por parte do chefe do Executivo diante da crise diplomática com os Estados Unidos. O documento, lido durante um evento no Acre, defende o fim das provocações e apelos ideológicos que, segundo ela, estariam prejudicando o país.

“É hora de baixar as armas da provocação; cessar os tambores de ofensas e hastear a bandeira do diálogo e da paz”, declarou Michelle, em crítica ao que chamou de postura combativa do governo federal.

Michelle também acusou Lula de agir movido por ideologias e ressentimentos. “Você precisa parar de se guiar por ideologias doentias e pelo desejo de vingança. É preciso governar para obter o que é melhor para o povo e para o Brasil. Chega de ódio e de irresponsabilidade”, disse ela, em tom direto.

Ainda segundo a ex-primeira-dama, o Brasil estaria sendo percebido no exterior como uma “ditadura disfarçada de democracia”, se aproximando de regimes como os de Cuba e Venezuela. “Essas sanções só foram aplicadas, até hoje, a países reconhecidos como ditaduras”, afirmou.


Lula reage e promete defesa dos interesses nacionais
Pouco depois da manifestação de Michelle, o presidente Lula comentou a crise comercial nas redes sociais. Disse que o Brasil adotará todas as medidas necessárias para proteger seus cidadãos e setores produtivos.

“A Justiça brasileira precisa ser respeitada. Somos um país grande, soberano, e de tradições diplomáticas históricas com todos os países. O Brasil vai adotar as medidas necessárias para proteger seu povo e suas empresas”, escreveu.

Na sexta-feira (11), Donald Trump afirmou que pretende conversar com Lula “em algum momento, mas não agora”. O gesto foi visto como uma tentativa de pressão após divergências entre os dois governos em fóruns internacionais.

Tarifaço

Donald Trump anunciou a aplicação de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A medida, segundo ele, visa proteger a indústria norte-americana diante do que considera um “tratamento injusto” por parte do Brasil.

Trump afirmou ainda que pretende conversar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o tema, mas “não agora”, sinalizando distanciamento diplomático. A sobretaxa foi interpretada como uma retaliação política, em meio a críticas do governo brasileiro à atuação de Trump e seus aliados em fóruns internacionais.

Em resposta, Lula disse que o Brasil tomará todas as medidas necessárias para proteger sua população e setores produtivos. “Somos um país soberano e vamos defender nossos interesses”, declarou o petista. A tensão aumenta o risco de impacto econômico e reforça o clima de instabilidade nas relações bilaterais.

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