Política

Lula reage a vazamento de fala de Janja sobre TikTok na China e critica aliados

Em Pequim, Lula e Xi Jinping assinam acordos de cooperação nas áreas de finanças, tecnologia e infraestrutura - Foto: Jornal Nacional/Reprodução
Lula explica que a pergunta sobre TikTok foi sua e defende a participação ativa de Janja nas questões digitais  |   BNews Natal - Divulgação Em Pequim, Lula e Xi Jinping assinam acordos de cooperação nas áreas de finanças, tecnologia e infraestrutura - Foto: Jornal Nacional/Reprodução

Publicado em 14/05/2025, às 14h22   Redação



Durante entrevista coletiva em Pequim, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou o vazamento de uma pergunta feita pela primeira-dama Janja Lula da Silva ao presidente da China, Xi Jinping, sobre a rede social TikTok. A declaração, divulgada inicialmente pela GloboNews, indicava um suposto mal-estar com a participação de Janja na conversa oficial com a comitiva chinesa.

Segundo Lula, a iniciativa da pergunta partiu dele próprio, que solicitou ao líder chinês o envio de um especialista de confiança para debater a regulamentação digital no Brasil. “Fui eu que fiz a pergunta. Eu perguntei ao companheiro Xi Jinping se era possível ele enviar para o Brasil uma pessoa da confiança dele para a gente discutir a questão digital, e sobretudo o TikTok”, afirmou.

Na sequência, Janja pediu a palavra para contextualizar o impacto da rede no Brasil, especialmente em relação à violência digital contra mulheres e crianças. Lula não só reforçou a legitimidade da fala da esposa, como repreendeu o vazamento da informação, que ocorreu em uma reunião confidencial, restrita a ministros e parlamentares.

“A pergunta foi minha. Eu não me senti nem um pouco incomodado. O fato de a minha mulher pedir a palavra é porque a minha mulher não é uma cidadã de segunda classe. Ela entende mais de redes digitais do que eu”, declarou o presidente.

Lula ainda criticou duramente o responsável pelo vazamento, classificando o ato como uma traição institucional. “Alguém teve a pachorra de vazar uma conversa de uma reunião fechada”, disse, sem citar nomes.

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Apesar de a viagem à China ter rendido avanços econômicos para o governo brasileiro, o episódio com Janja evidenciou tensões internas, incluindo a resistência de alguns aliados à atuação da primeira-dama em pautas sensíveis, como regulação das plataformas digitais.

A menção à possibilidade de cooperação com um conselheiro vindo da China — país com histórico de censura na internet — também gerou críticas e levantou alertas quanto à influência estrangeira sobre políticas digitais no Brasil.

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