Política

Governo Lula muda slogan para tentar reverter crise de popularidade

Com a mudança, o governo pretender refletir temas de forte apelo popular, como justiça fiscal - Ricardo Stuckert / PR
Com a mudança do slogan, o governo Lula também busca preparar terreno para as eleições de 2026. Desaprovação ao governo chegou a 57% em junho  |   BNews Natal - Divulgação Com a mudança, o governo pretender refletir temas de forte apelo popular, como justiça fiscal - Ricardo Stuckert / PR

Publicado em 02/07/2025, às 13h15   BNews Natal



Com a crescente pressão acontecendo no Congresso, além de um Centrão cada vez mais distante, o governo do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu que irá aposentar o slogan “União e Reconstrução” para adotar uma nova diretriz comunicacional com foco em justiça social.

Essa alteração alerta para uma ação de reposicionamento estratégico do Planalto por causa das tensões políticas. Com isso, o governo também busca preparar terreno para as eleições de 2026.

Nova linha

Com a mudança, o governo pretender refletir temas de forte apelo popular, como justiça fiscal, isenção do Imposto de Renda para a classe média e taxação dos mais ricos. A nova medida já vem sendo testada nos discursos de Lula e de ministros como Fernando Haddad (Fazenda).

A atitude de realizar a alteção acontece em um momento em que a decisão do governo de acionar o STF contra o Congresso pela derrubada do aumento do IOF aprofunda o mal-estar entre os Poderes no país.

Erosão da base

Além da judicialização do IOF, o governo enfrenta o risco de perder apoio formal do PP, partido que indicou o ministro do Esporte, André Fufuca, e que acaba de oficializar uma federação com o União Brasil. 

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Ciro Nogueira, presidente do PP, já sinalizou que a permanência de Fufuca será debatida no mês de gosto. 

Dirigentes do União Brasil, que comanda três ministérios, também indicam tendência de desembarque parcial do governo. Entretanto, parlamentares poderão manter apoio regional ao governo Lula.

Discurso reposicionado

De acordo com a pesquisa Quaest, a desaprovação ao governo Lula chegou a 57% em junho. 

Com a popularidade caindo, o Planalto quer resgatar o tom de campanha eleitoral de 2022 e reconectar Lula às bases sociais. A avaliação interna é de que o discurso conciliador do “União e Reconstrução”, adotado após os atos de 8 de janeiro, acabou se esgotando politicamente.

Agora, a prioridade é centrar a narrativa em melhoria de renda, combate à desigualdade e na ideia de que os mais ricos devem pagar mais impostos. 

Tensão  com o agro

Além da crise com acontecendo entre o governo e os partidos da base, o Planalto também enfrenta ruídos com a bancada do agronegócio. Alguns deputados do setor criticaram a organização do evento do Plano Safra, boicotando a cerimônia.

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, Pedro Lupion (PP-PR), chegou a acusar o governo de passar uma mensagem errada ao afirmar que patrocina o agro.

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