Política
Publicado em 24/04/2025, às 13h47 Redação
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quinta-feira (24), que o desrespeito à identidade de gênero da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) durante um processo de emissão de visto diplomático representa uma violação à soberania brasileira. O caso ocorreu quando a parlamentar tentava viajar aos Estados Unidos para participar de um evento acadêmico.
Lula pediu ao Ministério das Relações Exteriores que se manifeste oficialmente contra a conduta da embaixada norte-americana em Brasília, que teria desconsiderado a documentação oficial brasileira da deputada, incluindo certidão de nascimento retificada e passaporte, para registrar seu sexo como masculino no processo de visto.
Erika Hilton integrava missão oficial autorizada pela Câmara dos Deputados e participaria no painel Diversidade e Democracia, durante a Brazil Conference at Harvard & MIT 2025. Diante do episódio, ela optou por cancelar a viagem.
De acordo com a equipe de Hilton, documentos comprovam que a embaixada norte-americana em Brasília ignorou sua documentação brasileira válida e optou por seguir a Ordem Executiva 14168, assinada em janeiro pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que determina o reconhecimento apenas dos gêneros masculino e feminino como imutáveis desde o nascimento.
Lula reforçou que o caso é grave e requer posicionamento firme das instituições brasileiras. Ele ressaltou que nenhuma parlamentar americana seria tratada da mesma forma no Brasil e defendeu uma resposta institucional articulada.
Em nota, a embaixada dos Estados Unidos no Brasil reiterou que os registros de visto são confidenciais, mas confirmou que o governo americano, sob a atual administração, reconhece apenas os gêneros masculino e feminino como fixos desde o nascimento.
Com informações da Agência Brasil.
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