Política
A ex-deputada Larissa Rosado firmou um acordo com o Ministério Público do Rio Grande do Norte para devolver R$ 158,9 mil, referente a um processo de improbidade administrativa por contratação irregular de assessor, impactando sua imagem política em um contexto de investigações.
O acordo, homologado em 60 parcelas mensais, é uma tentativa de Larissa de limpar sua reputação e reestabelecer sua influência no PSB, partido que preside, após anos de desgaste político e afastamento da vida parlamentar.
Larissa tem se mantido ativa em agendas políticas e, embora tenha cogitado uma candidatura em 2024, recuou. Sua recente postura crítica em relação ao sistema político sugere uma estratégia de reposicionamento visando um retorno às urnas em 2026.
A ex-deputada estadual Larissa Daniela da Escóssia Rosado voltou ao centro das atenções políticas no Rio Grande do Norte após firmar um acordo de ressarcimento com o Ministério Público Estadual (MPRN) para devolver R$ 158,9 mil aos cofres públicos.
O valor se refere a um processo de improbidade administrativa por contratação irregular de assessor, investigado no âmbito da Operação Dama de Espadas.
O acordo, homologado junto à 60ª Promotoria de Justiça, prevê o pagamento parcelado em 60 prestações mensais de R$ 2.649,04.
Apenas Larissa aceitou as condições propostas — o outro envolvido, Daniel Silva Barros, tenta um ajuste financeiro sob alegação de impossibilidade de quitar o mesmo montante.
Acordo reacende debate sobre o legado político da família Rosado
Embora o caso tenha raízes em um processo antigo, o desfecho do acordo reacende discussões sobre o peso político da família Rosado, uma das mais tradicionais de Mossoró.
Larissa, que já exerceu mandatos consecutivos e ocupou espaço de protagonismo na Assembleia Legislativa, tenta agora reorganizar sua imagem e influência dentro do PSB, partido que preside no estado.
Nos bastidores, aliados avaliam que o gesto de devolver os valores e encerrar pendências judiciais faz parte de uma estratégia de “limpeza de terreno” para um possível retorno às urnas em 2026.
O movimento é lido como um reposicionamento público — de quem busca se reconectar com a base política após anos de desgaste e afastamento da vida parlamentar.
Operação Dama de Espadas: o caso que abalou a Assembleia
A investigação que originou a ação contra Larissa Rosado é parte da Operação Dama de Espadas, deflagrada pelo MPRN para apurar fraudes na folha de pagamento da Assembleia Legislativa.
Segundo o Ministério Público, Larissa teria mantido em sua equipe o nome de Daniel Silva Barros, que recebia salário público sem exercer função, enquanto atuava no setor privado em Macau.
O MP sustenta que a ex-deputada tinha ciência da irregularidade e praticou ato doloso de improbidade administrativa, o que resultou na obrigação de ressarcimento ao erário.
Movimentos recentes e tentativa de reconstrução
Mesmo fora dos cargos eletivos, Larissa mantém interlocução ativa com lideranças regionais e tem sido vista com frequência em agendas políticas.
Em 2024, cogitou disputar uma vaga na Câmara Municipal de Mossoró, mas recuou antes do prazo das convenções.
Nos últimos meses, passou a adotar um discurso mais crítico ao sistema político, participando de atos públicos contra a PEC da Blindagem e projetos de anistia a políticos.
A movimentação é interpretada como um ensaio de retorno político, com foco na ética e na renovação partidária — temas que podem ser a chave para sua retomada de imagem em 2026.
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