Política
Publicado em 01/07/2025, às 14h41 BNews Natal
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (1) que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o “presidente da responsabilidade fiscal”. Durante coletiva, Haddad disse que o governo cumpriu a meta fiscal de 2024 apesar de obstáculos como a manutenção da desoneração da folha de pagamento de 17 setores.
Segundo o ministro, mesmo com medidas que não contavam com apoio do Executivo, como a prorrogação do benefício ao setor de eventos e a desoneração aprovada pelo Congresso, o resultado primário ficou dentro do limite permitido. O deficit de 2024 foi de R$ 11,0 bilhões, enquanto a meta fixada era de 0% do PIB, com tolerância de até 0,25 ponto percentual para cima ou para baixo.
“Não tem outro campeão de responsabilidade fiscal. O presidente Lula sabe da importância de fazer as coisas certas”, declarou Haddad, ao defender que a atual gestão é diferente do governo anterior.
Críticas à gestão Bolsonaro
O ministro voltou a criticar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a quem atribuiu o aumento de gastos para fins eleitorais. Haddad disse que a administração anterior adotou medidas como o “calote” de precatórios e renúncias do ICMS, que acabaram comprometendo o orçamento do governo seguinte.
Ele também avaliou que a equipe econômica da gestão Bolsonaro subestimou despesas com benefícios previdenciários, o que elevou os custos e a pressão fiscal. Haddad afirmou que essas práticas não se repetem na atual administração.
“Não somos o governo Bolsonaro a quem tudo foi permitido para ganhar a eleição. Não funciona assim conosco. Temos responsabilidade”, disse.
Desafios e metas para 2025
Haddad destacou que o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) custava R$ 18 bilhões, valor superior ao que havia sido projetado inicialmente. Ainda assim, segundo ele, a equipe econômica conseguiu manter as contas dentro da meta estipulada.
Para 2025, o governo poderá registrar um deficit primário de até R$ 30,9 bilhões. Haddad explicou que as medidas apresentadas pelo Executivo no ano passado não foram aprovadas pelo Congresso, mas que o esforço fiscal foi mantido para evitar desequilíbrios maiores.
“As nossas medidas não foram aprovadas e, ainda assim, nós buscamos o melhor resultado possível para o país”, concluiu o ministro.
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