Política

Deputado petista vota de 'dentro do elevador' para derrubar IOF e diz que digitou errado: "já pedi para retificar"

O deputado petista afirmou que estava no elevador no momento da votação e que já solicitou a correção do seu voto. - Divulgação
Rui Falcão foi o único petista a votar contra a orientação do governo, alegando erro de digitação durante a votação  |   BNews Natal - Divulgação O deputado petista afirmou que estava no elevador no momento da votação e que já solicitou a correção do seu voto. - Divulgação

Publicado em 26/06/2025, às 10h39   Dani Oliveira



Candidato à presidência nacional do PT na eleição marcada para julho, o deputado federal Rui Falcão (SP) votou, nesta quarta-feira (25), para derrubar o decreto do governo que aumentava a alíquota do IOF.

Segundo registro de votos da Câmara, Rui Falcão foi o único deputado petista a contrariar a orientação do governo na votação. Os demais deputados da legenda votaram para manter o decreto sobre o imposto.

Rui Falcão disse que votou errado por um erro de digitação e que já pediu para sua assessoria retificar seu voto para contra a derrubada do decreto. “Estava no elevador na hora”, disse o petista.

Na votação, o governo sofreu uma dura derrota, com a derrubada do decreto por 383 votos a favor e apenas 98 contra. Até mesmo o PSB, partido do vice-presidente Geraldo Alckmin, deu votos para derrubar a medida.

Como o Governo fica depois da derrota

Depois da derrota no Congresso, o presidente Lula combinou com sua equipe que vai ligar para os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), para tentar retomar o diálogo e rearrumar sua base aliada.

Enquanto isso, a equipe presidencial diz que o governo deve judicializar a derrotar e recorrer ao Supremo Tribunal Federal.

O argumento é que um decreto presidencial só pode ser derrubado pelo Congresso quando o Executivo exorbita de sus funções, o que não teria sido o caso no aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

Nesta quarta-feira (25), quando o governo teve sua maior derrota no Legislativo, o presidente Lula optou por não ligar nem para Alcolumbre nem para Hugo Motta. A avaliação é que a derrota já era certa e não teria efeito uma ligação presidencial.

Segundo assessores, Lula vai ligar primeiro para o presidente do Senado. Depois, para o da Câmara.Aliados do presidente da República dizem que ele precisa fazer mais do que isso, tem de entrar em campo para arrumar sua base aliada, que simplesmente derreteu ontem.

Como foi a votação

Na Câmara dos Deputados, o placar mostrou que o número de deputados que votaram contra o decreto de Lula foi maior do que na votação da urgência da matéria.

Foram 383 votos contra o governo, quando na urgência já haviam sido 346, um aumento de 37 votos.No Senado, a votação foi simbólica. O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), queria pedir verificação de quórum, mas o líder do governo no Senado, Jaques Wagner, optou por não fazer o pedido.

Qual era a avaliação

A avaliação é que o placar seria amplamente desfavorável ao governo e criaria uma imagem ruim para o governo. Depois da votação, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, disse a interlocutores que o placar seria de 65 votos pela derrubada do decreto, com apenas 15 votos a favor.

Ao final da reunião, o líder Jaques Wagner procurou foi abrir uma porta para o diálogo com o Senado.”A vida não acaba hoje, a vida segue, o governo seguirá depois de hoje”, afirmou o senador, sentado ao lado de Davi Alcolumbre.

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