Carros, combustível e lavagem: veja quanto o STF já gastou somente com frota

O Supremo Tribunal Federal (STF) desembolsou R$746.031,71 com sua frota de 91 veículos entre janeiro e fevereiro deste ano, segundo dados oficiais. A lista inclui modelos como Toyota Hilux, Nissan Frontier, Toyota Corolla e Ford Fusion. Um Ford Landau de 1977, mantido para fins históricos, permanece em exposição no museu da Corte.

Além da aquisição e manutenção da frota, os gastos com combustíveis ultrapassaram R$112,5 mil no mesmo período, sendo R$81,2 mil apenas em fevereiro. Para manter os veículos limpos, o STF também gastou R$22,7 mil com lavagens — montante concentrado em janeiro.

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Os dados referentes a março ainda não foram totalmente lançados, mas já há registro de R$15,8 mil em despesas com taxas do Detran, rastreamento e transporte por demanda, de acordo com levantamento do Diário do Poder. 

Em 2024, a chamada “condução de veículos” no STF já consumiu R$5,2 milhões dos cofres públicos, dos quais R$735 mil foram destinados a combustível e R$235 mil à lavagem da frota.

Viagens do governo federal também chamam atenção

No mesmo cenário de gastos públicos, o governo federal desembolsou mais de R$17 milhões com viagens entre os dias 15 e 19 de maio, conforme aponta o Portal da Transparência. Só as viagens internacionais representaram um custo de R$4 milhões no período.

Ao todo, as despesas com passagens aéreas e diárias de servidores somaram R$440,9 milhões até o dia 19 de maio deste ano. As passagens correspondem a 37% do total, enquanto o restante refere-se a diárias pagas pela administração pública federal.

Entre os dias 15 e 19 de maio, foram mais de dois mil voos registrados, ao custo de R$17,6 milhões. Desde o início do atual mandato presidencial, em 2023, o governo Lula já gastou R$5,1 bilhões com viagens — valor que não inclui os deslocamentos do presidente, da primeira-dama Janja e de ministros.

Bastidores 

Enquanto o Executivo e o Judiciário enfrentam críticas por despesas elevadas, a mídia repercute com estranhamento a ausência de posicionamentos claros de ministros do STF sobre possíveis sanções dos Estados Unidos (EUA) ao ministro Alexandre de Moraes. As reações, em sua maioria, vieram de fontes anônimas, muitas vezes em tom de deboche ou desdém.

Impostos e crítica à classe média

Enquanto tenta equilibrar as contas públicas, o governo federal tem optado por aumentar tributos. Uma das medidas mais criticadas foi a elevação do IOF sobre operações de câmbio para viagens internacionais, que passou de 1,1% para 3,5% — medida considerada por analistas uma penalização direta à classe média.