Polícia

Lucro envenenado: fábrica clandestina usava etanol de posto para produzir bebidas mortais

A operação policial encontrou indícios de que a prática era recorrente e abastecia bares e distribuidoras da região - Acervo/Comunhão
A fábrica também está diretamente ligada à morte de um homem intoxicado após consumir o produto contaminado, segundo informações da Polícia Civil  |   BNews Natal - Divulgação A operação policial encontrou indícios de que a prática era recorrente e abastecia bares e distribuidoras da região - Acervo/Comunhão
José Nilton Jr.

por José Nilton Jr.

Publicado em 10/10/2025, às 16h26



Nesta sexta-feira (10), uma fábrica clandestina foi fechada em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, após ser descoberto que as bebidas alcoólicas produzidas no local eram adulteradas com etanol de posto de gasolina e metanol. A fábrica também está diretamente ligada à morte de um homem intoxicado após consumir o produto contaminado, de acordo com informações da Polícia Civil.

A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) também informou que o grupo criminoso misturava metanol ao etanol comum para aumentar o volume das bebidas e, consequentemente, os lucros. A operação policial encontrou indícios de que a prática era recorrente e abastecia bares e distribuidoras da região

As bebidas falsificadas eram vendidas como originais

O caso veio à tona após a morte de um homem que apresentou sintomas graves de intoxicação em 12 de setembro e faleceu quatro dias depois.

Testes realizados nas garrafas apreendidas no bar onde ele havia consumido o produto revelaram a presença de metanol em oito das nove unidades analisadas, com níveis que variavam entre 14,6% e 45,1%.

Produção clandestina e rede de distribuição irregular

Em depoimento à polícia, o dono do bar admitiu ter comprado as bebidas de uma distribuidora sem autorização. As investigações apontam que essa empresa funcionava como intermediária da fábrica clandestina, onde o etanol adquirido em postos de combustível era adulterado e engarrafado de forma irregular.

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O material apreendido, incluindo garrafas, celulares e documentos, foi encaminhado para perícia. De acordo com a SSP-SP, a operação revelou uma rede de comércio ilegal de bebidas que operava em mais de uma cidade, utilizando rótulos falsos para mascarar o produto tóxico.

Fiscalização se estende por outras cidades

Além de São Bernardo do Campo, estabelecimentos em São Caetano do Sul e na capital paulista também foram vistoriados. As autoridades identificaram pontos de revenda que recebiam remessas diretamente da fábrica interditada.

As autoridades reforçam o alerta à população para evitar o consumo de bebidas de origem duvidosa, sobretudo aquelas com preços muito abaixo do mercado, pois podem conter substâncias fatais como o metanol.

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