Política
Publicado em 11/06/2025, às 16h50 Redação
Aliados próximos e advogados que atuam no caso da tentativa de golpe de Estado atribuem a Jair Bolsonaro (PL) uma contagem regressiva: a prisão do ex-presidente deve ocorrer até outubro deste ano. A avaliação considera o ritmo imposto pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF), que decidiu acelerar as fases finais da investigação.
A convicção de que a prisão é iminente não parte apenas de opositores. Integrantes do entorno de Bolsonaro e até familiares já trabalham com essa possibilidade como real. O cálculo leva em conta o cronograma processual, que está se desenrolando de forma rápida.
Na última terça-feira (10), foram concluídos os depoimentos dos oito réus apontados como núcleo central da articulação golpista. A partir de agora, a defesa terá cinco dias para solicitar novas diligências, pedidos que, segundo advogados, serão protocolados ainda nesta semana.
O próximo passo será o parecer do ministro Moraes sobre essas solicitações. Com base em decisões anteriores, a expectativa majoritária é de rejeição. Em seguida, o STF abrirá prazo de 15 dias para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresente suas alegações finais, com expectativa de pedido de condenação de Bolsonaro.
Depois disso, será a vez do delator Mauro Cid e da defesa do ex-presidente entregarem seus pareceres, encerrando essa fase entre julho e agosto. Apesar de não haver prazo fixo, há consenso entre juristas que Alexandre de Moraes deve apresentar o relatório final em agosto, seguido da marcação do julgamento no plenário da Corte.
A condenação ocorreria ainda em agosto, e os embargos da defesa seriam analisados em setembro. Mais uma vez, aliados esperam rejeição sumária dos recursos, o que abriria caminho para a prisão em outubro.
A previsão é feita por juristas que acompanham o caso de dentro e de fora do processo. Todos apontam que, mantido o curso atual, Bolsonaro enfrentará a prisão antes do fim do ano, e essa possibilidade já é tratada como provável nos bastidores políticos e jurídicos de Brasília.
Informações: Coluna de Mônica Bergamo
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