Bolsonaro se reúne com aliados enquanto aguarda decisão do STF sobre proibição de entrevistas

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniu nesta quarta-feira (23) com aliados na sede do Partido Liberal (PL), em Brasília, enquanto aguarda uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre um pedido de esclarecimento relacionado à proibição de uso de redes sociais.

A defesa do ex-presidente quer saber se a restrição se estende a entrevistas concedidas à imprensa.

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Ao chegar ao encontro, Bolsonaro evitou declarações. “Vocês sabem que eu não posso falar”, disse a jornalistas, em referência às medidas cautelares impostas pelo STF.

Defesa de Bolsonaro pede explicação 

Na última terça-feira (22), os advogados de Bolsonaro apresentaram uma manifestação ao STF afirmando que o ex-presidente permanecerá em silêncio até que haja esclarecimento formal da Corte sobre o alcance da proibição.

“De toda forma, em sinal de respeito absoluto à decisão da Suprema Corte, o embargante não fará qualquer manifestação até que haja o esclarecimento apontado nos presentes embargos”, diz o documento.

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A defesa argumenta que o ex-presidente não utilizou redes sociais nem autorizou terceiros a fazê-lo, e que o vídeo em que aparece falando a jornalistas e exibindo a tornozeleira eletrônica foi publicado por veículos de comunicação, sem interferência direta do ex-presidente.

Encontro com aliados e críticas a ministros do Supremo

Participaram da reunião com Bolsonaro o senador Magno Malta (PL-ES) e o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).

Durante conversa com jornalistas, Magno Malta criticou ministros do Supremo e sugeriu que congressistas bolsonaristas poderiam articular junto ao governo dos Estados Unidos para revogar o visto de autoridades brasileiras, como o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

“Todo mundo que está violando a liberdade, que é um direito garantido pela Primeira Emenda nos Estados Unidos, ou tem cooperado com isso ou faz parte desse consórcio, vai junto”, afirmou Malta, citando Moraes e Luís Roberto Barroso.