Política

Após derrota no Congresso, Haddad admite acionar STF ou cortar mais R$ 12 bi do Orçamento

Haddad considera a derrubada do veto como inconstitucional - Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirma que cortes de R$ 12 bilhões podem ocorrer se alternativas não forem encontradas  |   BNews Natal - Divulgação Haddad considera a derrubada do veto como inconstitucional - Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo

Publicado em 26/06/2025, às 13h52   Redação



Com a derrubada do decreto que aumentava o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) pelo Congresso Nacional, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo estuda três caminhos para contornar o impacto da decisão: recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF), buscar novas fontes de receita ou realizar mais cortes no Orçamento, que podem atingir áreas essenciais como saúde, educação e habitação.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, Haddad defendeu que a ação do Legislativo foi “flagrantemente inconstitucional” segundo juristas do governo. “Nem nós devemos nos ofender quando um veto é derrubado e nem o Congresso pode se ofender quando uma medida é considerada pelo Executivo incoerente com o texto constitucional”, afirmou.

O ministro se disse surpreso com o desfecho, já que acreditava ter chegado a um acordo com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), após reunião no início de junho. Segundo ele, as alíquotas seriam recalibradas em substituição ao aumento do IOF.

Agora, com o veto derrubado, Haddad alertou que, caso não haja uma alternativa viável, o governo poderá cortar mais R$ 12 bilhões, além dos R$ 30 bilhões já contingenciados. “Vai pesar para todo mundo. Vai faltar recurso para a saúde, para a educação, para o Minha Casa, Minha Vida. Não sei se o Congresso quer isso”, pontuou.

Entre as possíveis novas fontes de receita citadas, Haddad mencionou dividendos, petróleo e outras alternativas em estudo pela equipe econômica. A decisão final, no entanto, ficará a cargo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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