Polícia
As famosas três listras da Adidas, tradicionalmente associadas ao esporte e à moda, têm gerado atenção em áreas conflagradas do Brasil, como Salvador (BA) e o Rio de Janeiro.
Segundo reportagem do portal Metrópoles, moradores dessas regiões receberam orientações de não utilizar roupas com o símbolo, devido à associação com facções criminosas locais.
O que deveria ser apenas um item de vestuário, nesse contexto, se torna um sinal que pode gerar risco à segurança pessoal. No universo do crime organizado, a utilização de símbolos é prática comum para demarcação de territórios e identificação de membros.
Um episódio recente envolvendo um turista que fez um gesto registrado em foto chamou atenção nacional: ele foi confundido com integrante de uma facção rival apenas por um sinal simbólico.
Esses casos mostram como elementos aparentemente inofensivos podem ser interpretados de forma perigosa em territórios controlados por criminosos, transformando símbolos cotidianos em sinais de alerta.
Em regiões dominadas por grupos como o Bonde do Maluco (BMD), em Salvador, e o Terceiro Comando Puro (TCP), no Rio de Janeiro, moradores relataram abordagens de criminosos alertando sobre o uso das três listras.
O símbolo é visto como uma oposição direta ao Comando Vermelho (CV), que utiliza o número dois como referência.
Para os membros das facções, a identificação correta de aliados e rivais é essencial, e roupas ou gestos podem ser interpretados como filiação a um grupo específico.
Embora não haja nenhuma proibição oficial para o uso da marca, autoridades locais orientam que moradores e visitantes evitem roupas com as três listras em áreas de conflito.
A recomendação visa reduzir riscos de incidentes e proteger quem circula por esses territórios, lembrando que símbolos de moda podem assumir significados totalmente diferentes dependendo do contexto social.
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