Polícia
Publicado em 29/04/2025, às 22h09 Redação
Há três anos, Terezinha Pinheiro de Araújo vive o luto pela perda do único filho, Paulo Henrique Araújo da Silva, morto em 29 de abril de 2022, após uma discussão de trânsito em Natal. O acusado pelo crime é o policial militar Ronaldo Cabral Torres, que foi pronunciado para julgamento pelo tribunal do júri em setembro de 2023. No entanto, o processo está parado no Tribunal de Justiça do RN, aguardando julgamento de um recurso apresentado pela defesa.
Segundo o Ministério Público, o júri só será marcado após a confirmação da sentença de pronúncia do juiz José Armando Ponte Dias Júnior. Em depoimento, o réu alegou legítima defesa, dizendo que foi agredido após atingir a moto da vítima. A esposa do policial, que também estava no carro e é PM, confirmou a versão, mas foi impronunciada por falta de provas de participação.
A demora no julgamento tem gerado angústia na família. Terezinha, mãe da vítima, relata sofrimento constante e faz acompanhamento psicológico desde a perda. Amigos e familiares organizaram manifestações públicas e criaram um memorial virtual em homenagem a Paulo Henrique, cobrando justiça e promovendo a paz no trânsito.
O crime aconteceu no bairro Nordeste, zona Oeste de Natal. Após desentendimento na Ponte de Igapó, Paulo Henrique foi perseguido. Ao reduzir a velocidade em uma lombada, sua moto foi atingida. Ele caiu, levantou-se e foi até o carro, sendo então baleado no rosto. A investigação da DHPP confirmou o homicídio com base em laudos periciais e depoimentos de testemunhas.
Paulo Henrique, de 33 anos, era personal trainer e deixou três filhos de 16, 7 e 5 anos.
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