Polícia

Distribuidora é investigada por venda de medicamentos falsificados contra câncer

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A investigação revela a venda de versões falsificadas do imunoterápico Keytruda, essencial no tratamento de cânceres variados  |   BNews Natal - Divulgação Divulgação/PF
Giovana Gurgel

por Giovana Gurgel

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Publicado em 15/08/2025, às 16h22



A Polícia Federal e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) investigam uma distribuidora de medicamentos no Ceará suspeita de vender versões falsificadas do imunoterápico Keytruda, usado no tratamento de vários tipos de câncer, como melanoma, câncer de pulmão, cabeça e pescoço, esôfago e linfoma de Hodgkin.

A operação, iniciada na última quarta-feira (13), mobiliza também a Secretaria de Saúde do Estado, a Vigilância Sanitária de Fortaleza e a Agência de Fiscalização da capital (Agefis).

O objetivo é desarticular a rede de distribuição e impedir a circulação de medicamentos sem registro, que podem comprometer tratamentos e causar efeitos adversos graves.

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Ação com apoio policial

As investigações começaram após denúncias. Fiscais chegaram até uma distribuidora autorizada a operar, mas que estaria comercializando medicamentos falsificados para hospitais e clínicas. Um funcionário tentou impedir a entrada da equipe, o que levou à interdição imediata da empresa.

Com apoio policial, o funcionário foi encaminhado à Polícia Civil para depoimento, e a Polícia Federal foi acionada. Na manhã desta sexta-feira (15), um mandado judicial permitiu a entrada dos fiscais no local.

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Medicamentos sem registro e suspeita de falsificação internacional

Durante a vistoria, foram encontradas diversas caixas de medicamentos sem registro no Brasil, com rotulagem em inglês, incluindo unidades de Keytruda. Também havia notas fiscais comprovando a venda desses produtos e outros medicamentos biológicos não autorizados no país, levantando suspeitas de falsificação internacional.

Segundo a Anvisa, o registro sanitário é essencial para garantir a segurança e eficácia de qualquer medicamento. Sem ele, não há controle sobre a procedência, condições de fabricação ou composição do produto.

No Brasil, a falsificação de medicamentos é crime hediondo, com pena de 10 a 15 anos de prisão, especialmente para os chamados life saving, considerados vitais para a saúde pública.

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