Negócios
O Rio Grande do Norte planeja aumentar suas exportações de frutas, com uma produção estimada de 300 mil toneladas para a safra 2025/2026, focando principalmente no mercado europeu, que atualmente absorve 90% de sua produção.
Oito produtores do estado participaram da Fruit Attraction 2025 em Madri, um dos maiores eventos do setor, com o objetivo de estabelecer novos contatos e contratos, destacando a crescente demanda por frutas tropicais brasileiras.
Com o apoio do Sebrae e outras instituições, os produtores potiguares buscam expandir sua presença na Europa, especialmente com o limão Tahiti, e consideram a feira uma oportunidade crucial para fortalecer suas relações comerciais no continente.
O Rio Grande do Norte quer ampliar ainda mais o espaço que já ocupa nas prateleiras da Europa. Com uma produção estimada em 300 mil toneladas de frutas para a safra 2025/2026, o estado aposta na expansão de suas exportações e no fortalecimento das parcerias internacionais.
Atualmente, cerca de 90% das frutas frescas potiguares têm como destino o mercado europeu — e a meta é ir além.
Para isso, oito produtores do RN atendidos pelo Sebrae participaram da Fruit Attraction 2025, realizada em Madri (Espanha), entre 30 de setembro e 2 de outubro. Considerada uma das maiores feiras do mundo no segmento, o evento reuniu 2,2 mil expositores de 150 países e um público estimado em 120 mil visitantes.
Potencial global e novas oportunidades
A missão potiguar foi organizada com o apoio do Sebrae Nacional, da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) e da ApexBrasil, com o objetivo de prospectar novos clientes, reforçar parcerias e abrir caminho para novos contratos.
O produtor Evandro Borgatto, da Viva Agrícola, celebrou os resultados positivos das rodadas de negócios.
Nossa participação foi sensacional. Tivemos o apoio do Sebrae, da CNA, da Abrafrutas, da AgroBR e da ApexBrasil. No meu caso, não parei um minuto — uma reunião atrás da outra. Esperamos expandir nossa presença na Europa, onde já atuamos no mercado da Holanda”, destacou.
Segundo Borgatto, o evento foi determinante para consolidar contatos com importadores europeus, especialmente em um momento de crescimento da demanda por frutas tropicais de origem brasileira.
Limão potiguar ganha espaço na Europa
Além do melão, carro-chefe da fruticultura potiguar, outras frutas começam a conquistar o exigente mercado europeu.
O limão Tahiti, por exemplo, vem se tornando uma das grandes apostas de exportação.
O produtor Rafael Rogério, da Natural Citrus, que cultiva mais de 1.300 toneladas por safra, participou pela segunda vez da feira internacional. Ele busca novos contratos comerciais com países como Holanda, Espanha, Alemanha, Polônia, Escandinávia e Inglaterra.
“O Sebrae tem sido fundamental para nossa competitividade. O apoio técnico e logístico nos coloca no mesmo nível das grandes exportadoras brasileiras. Sem o Sebrae, não estaríamos exportando. Essa feira representa novas portas abertas”, ressaltou Rafael.
“Oportunidade de ouro”, diz Sebrae-RN
O gestor do Projeto de Fruticultura do Sebrae-RN, Franco Marinho, classificou a participação na feira como uma “oportunidade de ouro” para os produtores potiguares.
A nossa fruta potiguar tem como principal destino o mercado europeu. A Fruit Attraction é o momento de firmar e ampliar esses laços. A Espanha é um grande hub de distribuição para o continente, e nossa fruta tem qualidade reconhecida. Esperamos gerar muitos negócios a partir daqui”, afirmou Marinho.
Sobre a Fruit Attraction
Realizada no Ifema Madri, a Fruit Attraction é considerada o principal ponto de encontro do setor frutícola internacional.
A feira reúne produtores, distribuidores, importadores e profissionais de toda a cadeia da fruticultura, funcionando como uma vitrine estratégica para o agronegócio mundial.
Com a forte presença potiguar em 2025, o evento reforça o papel do Rio Grande do Norte como um dos maiores exportadores de frutas do Brasil, reconhecido pela qualidade, sabor e regularidade de produção — atributos que vêm tornando o estado uma referência tropical no mercado europeu.
Classificação Indicativa: Livre