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Publicado em 31/07/2025, às 20h32 BNews Natal
O mercado financeiro brasileiro enfrentou um dia de instabilidade. O dólar ultrapassou a marca de R$ 5,60, algo que não ocorria havia quase dois meses. Ao mesmo tempo, a bolsa de valores recuou 0,69% e fechou julho com o pior desempenho desde dezembro.
O dólar comercial encerrou as negociações desta quinta-feira (31) cotado a R$ 5,601, o que representa uma alta de R$ 0,011, ou 0,19%. Durante o dia, a moeda norte-americana atingiu R$ 5,62 por volta das 10h30, caiu a R$ 5,58 por volta das 13h10 e, na última hora de negociação, estabilizou-se em torno de R$ 5,60.
Bolsa registra maior baixa mensal
No mês, o dólar comercial acumulou alta de 3,07%, alcançando o maior valor desde 4 de junho, quando estava em R$ 5,64. No entanto, no acumulado de 2025, a moeda ainda apresenta queda de 9,37%.
A bolsa de valores teve um dia ainda mais pressionado. O índice Ibovespa fechou aos 133.071 pontos, com retração de 0,69%. Com isso, o indicador recuou 4,17% em julho, sendo o pior resultado mensal desde o final do ano passado.
Fatores externos e internos
Tanto elementos do cenário internacional como decisões internas contribuíram para o comportamento do mercado. O dólar manteve sua valorização global após os Estados Unidos decidirem prorrogar por mais 90 dias as negociações com o México. Já o euro comercial ficou estável, sendo vendido a R$ 6,39, ainda refletindo os impactos do recente acordo comercial entre os EUA e a União Europeia.
Internamente, a cotação do dólar também foi influenciada pela definição da Taxa Ptax, média usada para corrigir em reais as reservas internacionais e os débitos do governo indexados ao câmbio. O fechamento da Ptax, calculado no último dia útil do mês, costuma gerar maior movimentação cambial.
Copom indica cautela com juros
Outro fator de peso foi o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom), que demonstrou preocupação com a inflação e não descartou um possível aumento da taxa de juros nos próximos meses. Esse tipo de sinalização costuma provocar a migração de recursos da bolsa de valores para ativos de renda fixa, considerados mais seguros em cenários de incerteza.
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