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Publicado em 31/07/2025, às 19h44 BNews Natal
A mulher de 35 anos, brutalmente agredida com mais de 60 socos pelo então namorado dentro de um elevador em um condomínio de Natal, será submetida a uma cirurgia de reconstrução facial nesta sexta-feira, 1º de agosto.
O procedimento está marcado para às 8h, no centro cirúrgico do Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), e será realizado sob anestesia geral.
A vítima sofreu diversas fraturas no rosto e no maxilar durante o ataque, ocorrido no sábado, dia 26. O agressor, identificado como Igor Eduardo Cabral, de 29 anos e ex-jogador de basquete, foi preso em flagrante. A Justiça converteu a prisão em preventiva, e ele responderá por tentativa de feminicídio, segundo informações da Polícia Civil.
Equipe médica
A cirurgia será conduzida por uma equipe multidisciplinar formada por cirurgiões-dentistas especializados em cirurgia e traumatologia buco-maxilo-facial, além de anestesistas e profissionais de enfermagem. Segundo o cirurgião-dentista Kerlison Paulino de Oliveira, responsável pelo procedimento, a paciente está reagindo bem ao tratamento desde a internação.
Ela vem apresentando evolução satisfatória. Os hematomas e o inchaço estão regredindo, embora ainda sinta dores nas regiões afetadas, que estão sendo controladas com analgésicos comuns”, explicou o profissional.
Reconstrução óssea
Durante a cirurgia, será realizada uma osteossíntese, técnica que utiliza miniplacas e miniparafusos para fixar os ossos fraturados. A equipe também fará uma revisão das estruturas nasais da paciente. “É uma intervenção necessária para restaurar não apenas a aparência, mas também a funcionalidade do rosto”, destacou Kerlison.
A previsão é de que a paciente fique internada por pelo menos dois dias após o procedimento. No entanto, esse prazo pode mudar conforme a evolução clínica. Ainda segundo o cirurgião, a intenção é resolver tudo em um único ato cirúrgico, mas uma nova abordagem não está totalmente descartada.
Hospital acompanha caso
O tempo entre a agressão e a cirurgia é considerado crucial para uma boa recuperação. “Esse intervalo influencia diretamente no encaixe dos ossos, permitindo uma reconstrução mais precisa e evitando sequelas ou deformidades permanentes”, completou o especialista.
A equipe do Huol acompanha o caso desde os primeiros atendimentos no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, onde a vítima foi levada logo após o ataque. “Estamos conduzindo cada etapa com o máximo de cuidado e respeito. O trabalho é feito com responsabilidade e ética, sempre pensando em reduzir os traumas físicos e emocionais causados por essa violência”, afirmou o cirurgião.
Fraturas atingiram estruturas importantes da face
De acordo com o laudo do Hospital Walfredo Gurgel, a paciente sofreu fraturas no complexo zigomático-orbitário — região que envolve a maçã do rosto e as paredes da órbita ocular — e também no côndilo mandibular, parte responsável pela articulação da mandíbula.
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