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Vencedor do Nobel de Economia elogia o PIX e questiona a demora dos Estados Unidos - ReproduçãoPublicado em 22/07/2025, às 21h10 BNews Natal
Em artigo publicado nesta terça-feira (22) no site Substack, o economista norte-americano Paul Krugman, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 2008, destacou o sucesso do sistema de pagamentos brasileiro, o PIX. Com o título "O Brasil inventou o futuro do dinheiro? E será que chegará para os EUA?", o texto faz uma análise das vantagens do modelo adotado no Brasil e das barreiras enfrentadas nos Estados Unidos para a adoção de uma tecnologia semelhante.
A publicação veio à tona em meio a críticas recentes feitas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que afirmou que o PIX prejudica empresas financeiras norte-americanas que atuam no setor de recebimentos. O comentário aumentou a repercussão do texto de Krugman, que foi interpretado como uma defesa do sistema brasileiro.
Críticas ao modelo norte-americano e elogios ao Brasil
Krugman explicou que o Congresso dos Estados Unidos chegou a aprovar uma legislação que impede o Federal Reserve, o banco central americano, de criar uma moeda digital, algo que poderia funcionar de forma parecida com o PIX. O economista classificou a medida como um reflexo do poder de grupos de interesse que atuam para barrar inovações no sistema financeiro do país.
No texto, ele ainda sugere que, apesar de não ser tradicionalmente visto como um exemplo de inovação financeira, o Brasil demonstrou agilidade e ousadia nesse campo. Krugman escreveu que o ambiente político e institucional brasileiro parece mais disposto a promover mudanças estruturais.
Como exemplo, citou de forma provocativa o fato de o Brasil julgar ex-presidentes que tentam interferir no processo democrático, numa clara alusão ao contexto político norte-americano.
PIX tem eficiência, baixo custo e ampla adesão
O economista ressaltou que o sistema brasileiro se destaca pela rapidez e economia nas transações. Segundo ele, o PIX liquida operações em cerca de três segundos. Para efeito de comparação, pagamentos com cartão de débito levam em média dois dias, enquanto os com cartão de crédito podem demorar até 28 dias.
Além disso, o custo para comerciantes também é significativamente mais baixo: 0,33% por transação no PIX, frente a 1,13% nos cartões de débito e 2,34% nos de crédito.
Krugman também mencionou a aceitação massiva por parte dos brasileiros. Cerca de 90% da população já utiliza o sistema, o que demonstra a confiança e a praticidade da ferramenta. Ele encerra o artigo afirmando que outras nações podem se inspirar no exemplo do Brasil, embora reconheça que os Estados Unidos devem continuar reféns de interesses privados e ilusões em torno das criptomoedas.
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