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Saiba qual é a pílula "prima do Mounjaro" que leva à perda de 12 kg

A orforgliprona, pílula oral, pode levar à perda de até 12,4% do peso em adultos - Reprodução
Resultados positivos em 72 semanas mostram que a orforgliprona é uma alternativa viável aos tratamentos injetáveis  |   BNews Natal - Divulgação A orforgliprona, pílula oral, pode levar à perda de até 12,4% do peso em adultos - Reprodução

por Gabi Fernandes

Publicado em 09/08/2025, às 10h19



Uma nova pílula para emagrecimento pode revolucionar o tratamento da obesidade: a orforgliprona, tomada por via oral uma vez ao dia, levou à perda de até 12,4% do peso corporal em adultos com obesidade ou sobrepeso em um estudo clínico de fase 3.

O medicamento, que não precisa de injeções e não exige restrições alimentares, mostrou resultados expressivos ao longo de 72 semanas, com grande parte dos pacientes perdendo mais de 10% do peso e apresentando melhoras significativas em indicadores de saúde cardiovascular.

A dose mais alta, de 36 mg, foi a que gerou os melhores resultados.Desenvolvida pela farmacêutica Eli Lilly, a orforgliprona é um medicamento que estimula o receptor GLP-1, mesma classe das populares canetas Ozempic e Wegovy. No estudo ATTAIN-1, conduzido com mais de 3.100 participantes sem diabetes, mas com pelo menos uma comorbidade relacionada ao peso, o medicamento mostrou desempenho consistente em todas as doses testadas, sempre associado a uma alimentação balanceada e à prática de atividades físicas. 

Além da perda de peso, os pacientes apresentaram reduções importantes em colesterol, triglicerídeos, pressão arterial e marcadores inflamatórios. Os efeitos colaterais mais comuns foram náusea, constipação, diarreia e desconforto abdominal, todos geralmente leves ou moderados.

“Com a orforgliprona, nós poderemos transformar o tratamento da obesidade por meio de uma terapia oral diária que poderá apoiar na intervenção precoce e tratamento a longo prazo da doença, enquanto ainda proporciona uma maior conveniência em comparação aos injetáveis”,

afirmou Kenneth Custer, vice-presidente executivo e presidente do negócio de Cardiometabolismo da Lilly.

Para Luiz André Magno, Diretor Médico Sênior da Eli Lilly do Brasil, os dados reforçam a importância de oferecer novas abordagens: “Sabemos da importância de oferecer diferentes opções terapêuticas para que médicos e pacientes possam discutir juntos pelo tratamento mais adequado para cada um, principalmente para os que não se adaptam a medicamentos injetáveis”.

A empresa pretende submeter o medicamento à aprovação regulatória ainda este ano. Embora os resultados fiquem levemente abaixo dos de injetáveis como Wegovy e Mounjaro, o formato em comprimido e o bom perfil de tolerância fazem da orforgliprona uma alternativa promissora no combate à obesidade.

Classificação Indicativa: Livre

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