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Publicado em 28/05/2025, às 15h48 Redação
A Mata Atlântica no Rio Grande do Norte enfrenta uma situação crítica. Dados do INPE/SOS Mata Atlântica de 2023 indicam que, dos cerca de 6.400 km² de cobertura original (aproximadamente 13% do território potiguar), restam hoje apenas 2,5%. Este cenário coloca o estado entre os mais críticos em termos de conservação do bioma, segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) no Rio Grande do Norte, que está intensificando a Operação Mata Viva.
A operação visa combater o desmatamento e à degradação ambiental do bioma no estado, além de responsabilizar administrativamente os infratores e buscar a reparação dos danos causados a um dos ecossistemas mais ameaçados do país.
Além das pressões históricas da agropecuária, a Mata Atlântica potiguar sofre com novos vetores de degradação, como a expansão desordenada do setor turístico, o crescimento urbano e a forte especulação imobiliária. Diante dessa realidade, a Operação Mata Viva foi planejada para coibir essas atividades ilegais e proteger o que resta da floresta.
Os resultados preliminares da operação já demonstram a gravidade da situação e a resposta firme do órgão ambiental. Até o momento, foram lavrados 25 Autos de Infração, que somam quase R$ 2 milhões em multas. Além disso, foram aplicados mais de 30 embargos acautelatórios em áreas que totalizam mais de 1.600 hectares de Mata Atlântica destruída nos últimos 5 anos, impedindo a continuidade das atividades degradadoras nesses locais. A operação também resultou na emissão de 15 Notificações e 1 Termo de Suspensão de atividades.
De acordo com o Coordenador da Operação do IBAMA no Rio Grande do Norte, Analista Ambiental Frederico Fonseca, a operação tem como foco não apenas a responsabilização dos infratores, mas também a busca pela reparação dos danos ambientais nas áreas atingidas. “Estamos atuando firmemente para proteger os remanescentes de Mata Atlântica no estado, um bioma fundamental para a biodiversidade, para o equilíbrio climático e para a qualidade de vida das populações locais”, destaca.
O IBAMA reitera seu compromisso com a proteção ambiental e informa que as ações de fiscalização da Operação Mata Viva continuarão no estado, buscando garantir a preservação da biodiversidade e a recuperação das áreas degradadas da Mata Atlântica no Rio Grande do Norte.
Em Natal
Em Natal, há duas zonas de preservação ambiental de áreas remanescentes da floresta. O Parque das Dunas, com 1.172 hectares, é a maior área de conservação da Mata Atlântica na capital potiguar, e é considerado a maior reserva de mata nativa em área urbana do Brasil. Já o Parque da Cidade conta com 136,54 hectares.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) é uma autarquia federal vinculada ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, responsável pela execução da Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA). Atua no controle e fiscalização ambiental, licenciamento, monitoramento e conservação da biodiversidade brasileira.
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