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Publicado em 01/06/2025, às 12h07 Gabi Fernandes
Após dois anos atrás da região Sul, o Nordeste reassume, em 2025, a vice-liderança entre os maiores centros de consumo do país, ficando atrás apenas do Sudeste. Segundo a consultoria IPC Maps, as famílias nordestinas devem movimentar R$ 1,515 trilhão neste ano ; é o equivalente a 18,59% do consumo nacional, superando os 18,51% dos estados do Sul.
Essa mudança reflete mais do que uma disputa por números. Indica uma reconfiguração no mapa do consumo brasileiro, e o Rio Grande do Norte é um dos protagonistas dessa virada econômica.
RN cresce mais que o dobro da média nacional
Em 2025, o consumo das famílias potiguares deve alcançar R$ 91,4 bilhões, um crescimento de 6% em relação ao ano anterior. O número chama atenção: é mais que o dobro da média nacional, que ficou em 3,01%. O RN vem acompanhando e, em muitos aspectos, superando, o ritmo de expansão observado em todo o Nordeste.
Os principais setores que puxam esse consumo no estado são:
Interior do estado avança, mas Natal ainda lidera
Apesar de uma leve retração de 4,3% no consumo em 2024, Natal continua sendo o maior polo consumidor do RN, concentrando 32,9% do total. No entanto, o interior mostra força crescente. Parnamirim (11,4%), Mossoró (8,9%), São Gonçalo do Amarante (3,1%) e Caicó (2%) se destacam, sinalizando uma descentralização gradual do consumo.
Turismo e serviços puxam crescimento
Dois setores têm impulsionado esse desempenho: turismo e serviços. Com o real desvalorizado e o turismo doméstico em alta, o RN tem se consolidado como destino preferido. De janeiro a abril de 2025, os aeroportos da região receberam mais de 159 mil turistas estrangeiros, contra 105 mil no mesmo período de 2024.
Ao mesmo tempo, o setor de serviços no estado teve o maior crescimento do país em janeiro de 2025: alta de 6,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior, com destaque para as áreas de informação, comunicação e turismo.
RN assume novo protagonismo econômico
O avanço do consumo no Rio Grande do Norte é resultado de uma combinação entre crescimento da renda, geração de empregos, investimentos em energia renovável, tecnologia e melhorias na infraestrutura urbana. O estado se destaca como um dos motores da nova fase de fortalecimento econômico do Nordeste.
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