Geral
por Ari Alves
Publicado em 01/08/2025, às 19h30
Na noite desta sexta-feira (1º), o Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol), vinculado à UFRN e à Ebserh, divulgou detalhes sobre a cirurgia feita na mulher agredida brutalmente dentro de um elevador residencial em Natal.
A paciente passou por um procedimento de reconstrução facial considerado complexo, com duração de aproximadamente sete horas e envolvendo diferentes áreas do rosto.
Segundo a equipe médica, a paciente apresentava múltiplas fraturas, entre elas na mandíbula, no maxilar superior e no osso zigomático, conhecido como maçã do rosto. Também foi identificado um trauma nasal, embora mais discreto.
De acordo com um dos cirurgiões buco-maxilo-faciais, o número exato de fraturas não foi contabilizado, mas as lesões se espalhavam por várias regiões faciais e algumas estavam bastante fragmentadas.
Para possibilitar a reconstrução, foram utilizadas placas e parafusos em diferentes pontos do rosto. Em áreas com separações maiores entre os ossos, foi necessário o uso de placas mais rígidas, a fim de garantir a firmeza das estruturas. Apesar do nível elevado de complexidade, os profissionais informaram que a cirurgia transcorreu conforme o esperado.
Ver essa foto no Instagram
Possíveis consequências da violência
Mesmo com o sucesso do procedimento, os médicos alertam para a possibilidade real de sequelas permanentes. Isso se deve à gravidade e à dispersão das fraturas. A equipe explicou que alguns fragmentos ósseos estavam bastante distantes entre si, o que tornou o processo de fixação mais delicado e exigente.
Ainda não é possível afirmar o tipo de sequela que poderá se manifestar, mas o cenário indica que o acompanhamento multidisciplinar será necessário durante a recuperação. Os profissionais seguem monitorando de perto as reações da paciente nas primeiras horas após a cirurgia.
Situação atual e próximos cuidados
No momento, a paciente permanece na sala de recuperação e está sendo observada com atenção pela equipe hospitalar. Não foi preciso encaminhá-la para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neste primeiro momento, o que indica uma resposta inicial positiva.
A internação deverá durar pelo menos dois dias, mas a alta médica dependerá da evolução do quadro clínico. O médico responsável afirmou que ainda nesta noite realizará uma nova avaliação para definir os próximos passos no tratamento da paciente.
Classificação Indicativa: Livre