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Publicado em 12/05/2025, às 15h36 Júnior Teixeira
No Brasil, ser uma pessoa negra significa ter que enfrentar um risco 2,7 vezes maior de ser vítima de homicídio do que uma pessoa não negra. O dado, de 2023, é do Atlas da Violência, e foi divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) nesta segunda-feira (12).
Embora tenha havido leve melhora em relação a 2022 (quando o risco era 2,8 vezes maior), o cenário piorou se comparado a 2013, quando a taxa era de 2,4 vezes. O crescimento no período é de 15,6%, o que, segundo os pesquisadores, mostra a persistência da desigualdade racial na violência letal no Brasil.
Confira alguns dados:
Homicídios de pessoas negras (pretos e pardos): 35.213 mortes em 2023
Taxa: 28,9 por 100 mil habitantes
Homicídios de pessoas não negras (brancas, amarelas e indígenas): 9.900 mortes
Taxa: 10,6 por 100 mil habitantes
Apesar de queda de 21,5% na taxa entre negros desde 2013, e 32,1% entre não negros, o risco relativo aumentou, ampliando a disparidade. Os pesquisadores alertam que a violência continua racializada e concentrada nos territórios mais vulneráveis.
Com informações da Agência Brasil.
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