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Publicado em 23/05/2025, às 13h35 Redação
Neste sábado (24), Dia Nacional do Café, a bebida mais querida dos brasileiros enfrenta um cenário desafiador: além de seguir firme nas xícaras, o café também pesa no bolso. Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o preço global do grão subiu 38,8% em 2024. No Brasil, o aumento acumulado da bebida já chega a 66,18%, de acordo com o IBGE.
As causas da alta envolvem fatores climáticos, a instabilidade logística — acentuada por conflitos no Oriente Médio —, e a redução da produção em países como o Vietnã. Resultado: os grãos arábica e robusta bateram recordes, elevando em 224% os custos da indústria brasileira e em 110% os preços ao consumidor.
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Jheneffer Duarte, professora da Estácio nas áreas de Administração e Ciências Contábeis, explica que o cenário reforça a vulnerabilidade de cadeias produtivas dependentes do clima e do mercado externo. “O café deixa de ser apenas um hábito. Ele se torna um termômetro da nossa economia e da importância de educação financeira no cotidiano”, afirma.
Na prática, a dica é pesquisar preços, evitar desperdícios e escolher bem o tipo de café. Os compostos — misturas com açúcar e gordura vegetal — são mais baratos, mas podem prejudicar a saúde. A nutricionista Maria Tainara, também da Estácio, alerta: “Produtos com listas de ingredientes longas devem ser evitados. O ideal é que o rótulo diga apenas 'café'.”
O café tradicional contém antioxidantes e compostos bioativos benéficos à saúde, como os polifenóis. Consumido com moderação — até 400 mg de cafeína por dia, o equivalente a 3 a 5 xícaras —, pode melhorar o desempenho físico e mental. Já o excesso pode causar insônia, ansiedade e aumento da pressão arterial.
Outra opção é o café de cevada, indicado para quem tem restrição à cafeína. Embora não ofereça os mesmos benefícios do café puro, contém fibras e minerais — mas é contraindicado para celíacos por conter glúten.
Para quem busca ainda mais qualidade, o café orgânico surge como alternativa, mesmo com preço mais alto. “A diferença nutricional é pequena, mas representa uma escolha alinhada a práticas sustentáveis e ao consumo consciente”, afirma Tainara.
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