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Publicado em 31/07/2025, às 20h52 BNews Natal
O escritório britânico Pogust Goodhead prepara uma nova ação judicial contra a BHP, Vale e Samarco, acusando as mineradoras de agir em conjunto para desarticular contratos com mais de 620 mil vítimas do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG). A denúncia afirma que as empresas fecharam acordos diretamente com os atingidos, excluindo o escritório, e assim minando os processos internacionais em curso.
O pedido de indenização é de R$ 9,8 bilhões, valor que inclui honorários que teriam sido perdidos. Os advogados alegam que os acordos feitos no Brasil exigiam a desistência de ações no exterior. Há ainda um processo em andamento na Holanda, com a participação do Pogust Goodhead e de um escritório local, representando 75 mil vítimas.
Pressão para reabrir programa de indenização
Enquanto isso, no Brasil, o Ministério Público e Defensorias solicitaram à Samarco que reabra o Programa Indenizatório Definitivo (PID), encerrado no início de julho. A justificativa é que muitos atingidos não conseguiram aderir ao programa por dúvidas jurídicas. A Samarco informou que mais de 293 mil pedidos foram feitos, com 233 mil acordos firmados.
A BHP se manifestou afirmando que o Brasil é o fórum mais apropriado para reparações e nega as acusações do escritório britânico. Segundo a mineradora, os acordos estão sendo conduzidos com acompanhamento das autoridades e já ultrapassaram R$ 59 bilhões em ações de reparação.
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