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Menina de 15 anos morre por complicações do uso de cigarro eletrônico; entenda

Especialistas alertam sobre os riscos do uso de vapes - TranTien LocDo/Pixabay
Uma adolescente de 15 anos faleceu devido a complicações pulmonares relacionadas ao uso de cigarro eletrônico em Brasília  |   BNews Natal - Divulgação Especialistas alertam sobre os riscos do uso de vapes - TranTien LocDo/Pixabay

Publicado em 29/05/2025, às 17h41   Redação



Uma adolescente de 15 anos morreu em Brasília, nesta quarta-feira (28), após complicações pulmonares causadas pelo uso de cigarro eletrônico. Ela estava internada no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN). A confirmação da morte foi obtida pela reportagem do Metrópoles.

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) informou, por meio de nota, que não divulga informações sobre pacientes da rede pública, em respeito à legislação de Sigilo de Prontuário.

O uso de cigarros eletrônicos, popularmente chamados de vapes, tem crescido entre jovens brasileiros, apesar dos riscos. Embora sejam vendidos como alternativas menos nocivas ao cigarro tradicional, esses dispositivos contêm nicotina em concentração geralmente superior, o que aumenta a chance de dependência.

O pneumologista Elie Fiss, do laboratório Alta Diagnósticos, alerta que o vape não só pode causar doenças pulmonares e cardiovasculares, mas também agravar problemas preexistentes como asma e bronquite. “Pacientes com pneumopatias crônicas tendem a piorar seus sintomas com o uso do dispositivo”, explica.

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O cigarro eletrônico funciona vaporizando um líquido aromatizado, mas esse processo gera a inalação de substâncias tóxicas como formaldeído, acroleína e metais pesados como chumbo e níquel. Isso pode provocar lesões pulmonares agudas, como a EVALI — doença associada ao uso do vape, que pode causar danos permanentes.

Além dos problemas respiratórios, o uso prolongado do cigarro eletrônico está ligado a: bronquite crônica, enfisema, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), fibrose pulmonar, aumento da pressão arterial, risco de infarto e AVC, além de efeitos neurológicos como dependência de nicotina e alterações no cérebro em desenvolvimento.

O pneumologista Fabrício Sanches, do Hospital Santa Lúcia, em Brasília, reforça o alerta: “Os cigarros eletrônicos podem facilitar a entrega rápida de doses elevadas de nicotina, aumentando o risco de dependência, especialmente em jovens”.

Segundo dados do IBGE, cerca de 2,9 milhões de brasileiros usam cigarro eletrônico, e mais de 6 milhões já experimentaram. A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar aponta que aproximadamente 16% dos jovens entre 13 e 17 anos e 21,4% dos jovens de 18 a 24 anos já testaram o vape. O consumo cresce principalmente entre estudantes do 9º ano, levantando preocupação sobre a falta de regulação e o controle precário dos produtos.

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