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Publicado em 24/06/2025, às 14h16 Redação
A Lei Seca completa 17 anos nesta quinta-feira (20) com um marco expressivo: 3,2 milhões de multas aplicadas no Brasil desde 2008, segundo levantamento da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). A maioria das infrações (cerca de 2,1 milhões) ocorreu por recusa ao teste do bafômetro, número 63,9% maior que o de motoristas flagrados diretamente por dirigir sob efeito de álcool ou outras substâncias psicoativas (1,18 milhão).
Ao longo de 5.844 dias de fiscalização, a média foi de 20 autuações por hora em todo o país, sendo 12 por recusa ao teste e 8 por constatação de embriaguez ao volante.
Perfil dos infratores: maioria homens e com 39 anos de idade média
Os dados apontam que mais de 90% das infrações foram cometidas por homens, com idade média de 39 anos. Apesar disso, o levantamento revela que os homens têm 42% menos probabilidade de recusar o teste do bafômetro em comparação com as mulheres.
Cresce a recusa ao bafômetro
Uma das principais tendências observadas pela Senatran é o aumento nas recusas ao teste do bafômetro nos últimos anos. Em 2023, por exemplo, foram registradas 337 mil infrações dessa natureza, o maior número da série histórica. O órgão avalia que muitos condutores optam pela recusa como estratégia para evitar a comprovação formal da embriaguez.
Onde mais se multa no Brasil
As infrações da Lei Seca foram registradas em 93,1% dos municípios brasileiros: 5.188 das 5.570 cidades. Estados das regiões Sul e Sudeste lideram os números absolutos, o que, segundo a Senatran, pode ser reflexo tanto da maior frota de veículos quanto de fiscalizações mais rigorosas.
São Paulo concentra o maior número de motoristas que se recusaram ao bafômetro, com 696.378 registros. Em seguida aparecem Distrito Federal (163.894), Rio de Janeiro (153.616), Rio Grande do Sul (118.605), Santa Catarina (118.149) e Minas Gerais (109.337).
No caso da infração por dirigir sob influência de álcool, Minas Gerais quase iguala São Paulo em número absoluto de autuações, com uma diferença de menos de mil registros, algo considerado “impressionante”, dado o tamanho da população paulista. Brasília também chama atenção por apresentar índices proporcionais superiores a estados com população maior.
A Senatran destaca que, apesar dos avanços, os números reforçam a importância de manter as campanhas de conscientização e ampliar as fiscalizações para reduzir o número de acidentes e mortes no trânsito causados pela combinação de álcool e direção.
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