Geral
Publicado em 08/05/2025, às 14h59 Redação
A Igreja Católica tem um novo líder. O cardeal norte-americano Robert Francis Prevost foi eleito nesta quinta-feira (8). Ele irá usar o nome de Leão XIV, marcando o retorno de um nome papal que não era utilizado desde o século XIX. A última vez que um pontífice escolheu o nome “Leão” foi em 1878, com Gioacchino Pecci, que se tornou Leão XIII.
A escolha está relacionada diretamente à figura de São Leão Magno, ou Papa Leão I, considerado um dos mais importantes da história da Igreja. Reconhecido como Doutor da Igreja, Leão Magno ficou célebre por ser firme em sua doutrina, pela atuação diplomática e pela liderança espiritual em tempos de crise.
O novo papa sucede uma linhagem simbólica
Leão XIII, eleito em 20 de fevereiro de 1878, teve um pontificado que durou mais de 25 anos, encerrado com sua morte em 20 de julho de 1903. Seu legado ainda ecoa nos debates contemporâneos por conta de sua visão inovadora e de abertura ao diálogo entre fé e questões sociais emergentes.
Entre as marcas do pontificado de Leão XIII, destaca-se a publicação da encíclica Rerum Novarum, em 1891. O documento é considerado o marco inicial da Doutrina Social da Igreja, ao tratar de temas como: os direitos dos trabalhadores, a dignidade do trabalho e a justiça social.
O historiador José Miguel Sardica, da Universidade Católica Portuguesa, considera que Leão XIII não apenas fundou a Doutrina Social da Igreja em termos institucionais e teóricos, mas também mostrou que era possível conciliar tradição e modernidade dentro do pensamento católico.
Com a escolha de Leão XIV como nome de pontificado, o novo papa sinaliza uma possível conexão com esse legado históricom, um gesto que pode indicar atenção aos desafios sociais contemporâneos e à missão diplomática e pastoral da Igreja no século XXI.
Classificação Indicativa: Livre