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Doação de sangue: voluntários compartilham experiências e especialista reforça segurança da prática

Com apenas 1,6% da população doando sangue, é crucial aumentar a conscientização - Freepik
Campanha Junho Vermelho destaca a necessidade de doações contínuas e relatos de doadores ajudam a desmistificar a prática  |   BNews Natal - Divulgação Com apenas 1,6% da população doando sangue, é crucial aumentar a conscientização - Freepik

Publicado em 02/06/2025, às 14h15   Redação



Com a campanha Junho Vermelho, promovida pelo Ministério da Saúde, relatos de quem doa sangue regularmente ajudam a desmistificar a prática e alertar para a importância da doação contínua. Mesmo com 1,6% da população brasileira doando sangue em 2023,  número dentro da recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), a taxa ainda é considerada abaixo das necessidades do sistema de saúde.

“Parece brincadeira, mas é como se eu fosse o braço direito de um médico na hora da doação”, descreve Augusto César, que começou a doar ainda jovem. Ele conta que o interesse nasceu na adolescência, mesmo sem referências familiares. “Tinha ansiedade para completar 18 anos e poder doar. Ajudar alguém sempre me motivou.” Hoje, ele mantém uma rotina saudável para garantir que esteja apto para contribuir sempre que possível.

Já a jornalista Carla Cruz realizou sua primeira doação aos 23 anos. Desde então, a prática virou hábito. “Nunca precisei de um conhecido para doar. Sempre encarei como algo natural, como um dever social”, diz.

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Segurança, triagem e mitos: o que você precisa saber

Segundo Karoline Dias, coordenadora de Enfermagem da Estácio, além de ser segura, a doação de sangue exige uma triagem rigorosa para proteger tanto o doador quanto o receptor. “Fazemos uma análise clínica completa, com histórico de saúde, sinais vitais e testes laboratoriais. Tudo é feito com muita responsabilidade”, explica.

Ela também desmonta mitos que afastam possíveis doadores. Tatuagens, por exemplo, não são impeditivo, desde que respeitado o intervalo mínimo de seis meses após a realização. Outro equívoco comum é acreditar que doar sangue altera o metabolismo, o que não acontece.

Vacinas e doenças também geram dúvidas. Para gripe, o intervalo recomendado é de sete dias após o fim dos sintomas. Em casos de Covid-19, o tempo varia entre 10 e 30 dias, conforme os sintomas. Pessoas com hipertensão controlada ou diabetes tratada com dieta ou medicamentos orais também podem doar, desde que avaliadas individualmente.

“Homens podem doar até quatro vezes ao ano, com intervalo de dois meses; mulheres, até três vezes, com intervalo de três meses”, orienta Karoline. Ela lembra ainda que componentes como as plaquetas têm validade curta, apenas cinco dias, o que exige doações frequentes ao longo do ano, e não apenas em campanhas sazonais.

A especialista reforça que os efeitos colaterais são mínimos. “Tonturas leves podem ocorrer, mas passam rápido. O corpo repõe o sangue rapidamente”, diz.

Com a chegada do frio e a queda nas doações, especialistas e doadores esperam que o Junho Vermelho reacenda o compromisso coletivo com a vida, mesmo quando não se conhece quem será salvo.

Classificação Indicativa: Livre

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