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Publicado em 18/07/2025, às 22h02 - Atualizado às 22h31 BNews Natal
O governo dos Estados Unidos, por meio do secretário de Estado Marco Rubio, determinou a revogação imediata dos vistos americanos de oito ministros do Supremo Tribunal Federal. A medida atinge, entre outros, Alexandre de Moraes, além de familiares e aliados próximos dos magistrados.
Ficaram de fora das sanções apenas os ministros André Mendonça, Kássio Nunes Marques e Luiz Fux, além do procurador-geral da República, Paulo Gonet.
Rubio acusa STF de censura e perseguição
A justificativa apresentada por Rubio aponta que a chamada “caça às bruxas política contra Bolsonaro”, supostamente liderada por Moraes, gerou um ambiente de censura e perseguição. Segundo ele, essa postura extrapola as fronteiras brasileiras e representaria uma ameaça às liberdades civis garantidas nos Estados Unidos.
A reação no Brasil foi imediata. Lideranças governistas classificaram o ato como um gesto de retaliação diplomática e uma interferência direta na soberania do Judiciário. Para o deputado Lindbergh Farias, líder do PT na Câmara, a decisão americana é “inaceitável” e representa uma afronta a um dos Poderes da República.
Oposição aplaude decisão americana
Na contramão do governo, parlamentares da oposição celebraram a iniciativa de Washington. Para esse grupo, trata-se de um reconhecimento internacional dos excessos cometidos pelo STF. Eles mencionam medidas como a imposição de tornozeleira eletrônica e o recolhimento domiciliar contra Bolsonaro como exemplos de abuso de poder por parte da Corte.
O episódio se soma a uma sequência de desgastes diplomáticos entre os dois países. O governo Trump também ameaçou aplicar tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros, ampliando o clima de tensão entre as nações.
Lista de ministros impactados
Além de Alexandre de Moraes, também tiveram seus vistos revogados os ministros Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Cármen Lúcia, Edson Fachin e Gilmar Mendes.
Apenas André Mendonça, Luiz Fux e Nunes Marques não foram alvos da medida. A revogação, segundo fontes diplomáticas, reforça o posicionamento da administração Trump contra o endurecimento de decisões do STF sobre o ex-presidente brasileiro.
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