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Estudo da UFRN desenvolve técnica de estimulação cerebral capaz de reduzir dores crônicas

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O estudo avalia os efeitos da Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua em pessoas com dores crônicas, especialmente as submetidas à hemodiálise  |   BNews Natal - Divulgação Cedida
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por BNews Natal

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Publicado em 12/08/2025, às 15h48



Uma técnica de estimulação cerebral capaz de reduzir dores crônicas e melhorar a qualidade de vida de pacientes, está no centro das pesquisas do professor Rodrigo Pegado, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

O projeto, financiado pela Fundação de Amparo e Promoção da Ciência, Tecnologia e Inovação (Fapern) por meio do edital nº 27/2022 (PDPG – Fapern/Capes), envolve a Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC) e apresenta resultados já notáveis.

O estudo intitulado “Sessões alternadas de estimulação transcraniana por corrente contínua sobre desfechos clínicos em pacientes em hemodiálise: um ensaio clínico randomizado”, avalia os efeitos da ETCC em pessoas com dores crônicas, especialmente em pacientes submetidos à hemodiálise, mas, também em pacientes com outras patologias, não sanado estas, mas operando como adjuvante para alívio e bem-estar.

Buscamos reduzir a intensidade da dor e melhorar a funcionalidade e a qualidade de vida dessas pessoas”, explica.

O pesquisador, que é fisioterapeuta e neurocientista, possui formação em estimulação elétrica transcraniana pelo Beth Israel Deaconess CenterHarvard Medical School, nos Estados Unidos.

Redução significativa da dor

Até agora, os resultados apontam para uma redução significativa da dor e melhorias importantes em indicadores clínicos. A técnica, segundo Rodrigo, também tem potencial para ajudar em casos de fibromialgia, dismenorreia primária, cistite intersticial e endometriose.

“Há evidências científicas que reforçam sua eficácia como terapia adjuvante”, afirma. Rodrigo lembra ainda que a dor crônica é aquela que persiste por mais de três meses, ultrapassando o tempo habitual de cicatrização e impactando diretamente a rotina e o bem-estar do paciente.

A parceria com a Fapern foi decisiva para o andamento do projeto. “O apoio viabilizou desde a compra de equipamentos até bolsas de pesquisa. Com recursos relativamente modestos, conseguimos realizar estudos rigorosos, formar profissionais qualificados e ampliar o impacto social da ciência no Rio Grande do Norte”, ressalta.

Desde 2021, a Fapern, por meio do Plano de Desenvolvimento da Pós-Graduação (PDPG-Fapern/Capes), tem investido em pesquisas aplicadas que ofereçam respostas concretas para desafios do estado.

No caso do projeto coordenado por Rodrigo, o investimento integra um conjunto de bolsas e auxílios que somam R$ 362 mil para impulsionar a ciência potiguar e oferecer suporte à grupos vulneráveis.

Sobre o pesquisador

Doutor em Psicobiologia pela UFRN, com área de concentração em Fisiologia, Rodrigo Pegado é mestre pela mesma instituição e graduado em Fisioterapia pela Universidade Potiguar (2006).

Atualmente, é professor adjunto com dedicação exclusiva no curso de Fisioterapia da UFRN e integra o corpo docente do Mestrado em Ciências da Reabilitação. Atua clinicamente nas áreas de angiologia e reabilitação cardiovascular e conduz pesquisas em neurofisiologia da dor e neuromodulação, buscando estratégias para reduzir a dor, melhorar a funcionalidade e favorecer o bem-estar emocional de diferentes populações.

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