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Dez estados têm mais beneficiários do Bolsa Família do que empregos formais - Reprodução
Em julho de 2025, dez estados brasileiros registraram mais beneficiários do Bolsa Família do que trabalhadores com carteira assinada. Os dados, divulgados pelo governo federal, mostram que a dependência do programa social persiste em algumas regiões, especialmente no Norte e no Nordeste.
O Maranhão ocupa o primeiro lugar no ranking, com 1,19 milhão de famílias no Bolsa Família contra 676 mil empregos formais, resultando em 521,6 mil beneficiários a mais que trabalhadores.
Logo depois aparecem Pará (294,7 mil), Piauí (193,5 mil) e Bahia (185,4 mil). Outros estados com mais beneficiários do que empregados incluem Paraíba, Alagoas, Amazonas, Amapá, Sergipe e Acre.
No outro extremo, São Paulo apresenta o maior saldo positivo. O estado conta com 14,6 milhões de trabalhadores com carteira assinada e 2,3 milhões de famílias no programa, totalizando 12,3 milhões de empregos formais a mais.
Minas Gerais (3,5 milhões), Paraná (2,7 milhões), Rio de Janeiro (2,4 milhões) e Rio Grande do Sul (2,3 milhões) também destacam-se pela predominância do emprego formal.
Recentemente, houve melhora no cenário. Em julho de 2024, doze estados tinham mais beneficiários do Bolsa Família do que empregos formais. Em janeiro de 2023, esse número era 13.
Especialistas atribuem essa redução à Regra de Proteção, criada em 2023, que permite ao beneficiário manter metade do valor do auxílio por até um ano mesmo após ingressar no mercado de trabalho com renda de até R$ 706 por pessoa. Em julho deste ano, 2,7 milhões de famílias estavam nessa situação.
Quando analisada de forma proporcional, o Maranhão continua liderando a dependência do programa: são 1,77 beneficiário para cada trabalhador formal, contra 1,87 em julho de 2024.
Santa Catarina apresenta a menor taxa, com 12 empregos formais para cada família no Bolsa Família, seguida pelo Distrito Federal, que possui seis empregos por beneficiário.
O levantamento aponta ainda que, em todos os estados e no Distrito Federal, o emprego formal cresceu mais do que o número de beneficiários do programa social ao longo do último ano.
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