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A técnica consiste na implantação de micropigmentos coloridos nas camadas internas da córnea - Reprodução/InternetPublicado em 30/06/2025, às 13h32 Júnior Teixeira
O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) emitiu uma nota alertando sobre os riscos da ceratopigmentação, cirurgia que altera a cor dos olhos por meio da pigmentação da córnea.
O procedimento, que também é conhecido como “tatuagem da córnea”, tem sido promovido nas redes sociais por influenciadores como Andressa Urach e Maya Massafera. Recentemente, as duas exibiram recentemente os resultados da cirurgia com fins estéticos.
De acordo com a nota da CBO, a ceratopigmentação é uma técnica de alto risco, irreversível e que não é indicada para pessoas com olhos saudáveis. O procedimento só é recomendado em casos extremos, como em pacientes cegos ou com baixa visão permanente, com o objetivo de melhorar a aparência do olho comprometido.
“Essa cirurgia não é reconhecida como uma prática segura em olhos saudáveis, podendo causar complicações e até perda visual severa”, afirmou a entidade em nota oficial.
Complicações
Entre os principais efeitos adversos do procedimento estão:
Infecções e inflamações graves, de difícil tratamento;
Lesões persistentes na córnea, que podem evoluir para perfuração;
Uveítes (inflamação da úvea);
Aumento da pressão intraocular;
Dor ocular intensa, fotofobia (aversão à luz) e lacrimejamento constante;
Redução da visão central ou periférica, podendo levar à cegueira total.
Além disso, como a pigmentação afeta diretamente a córnea, exames oculares e cirurgias futuras, como de catarata, podem se tornar extremamente difíceis ou inviáveis.
Procedimento apenas por estética não é recomendado
A técnica consiste na implantação de micropigmentos coloridos nas camadas internas da córnea e é tradicionalmente utilizada para camuflar manchas brancas em olhos cegos.
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O CBO alerta que o uso com fins puramente estéticos não é recomendado, especialmente diante da existência de alternativas seguras e não invasivas, como lentes coloridas ou próteses oculares.
“Diante dos riscos envolvidos, o CBO e a Sociedade Brasileira de Córnea reforçam que qualquer intervenção nos olhos deve ser conduzida por médico oftalmologista e jamais tratada como um procedimento estético simples ou seguro.”
Com informações da Agência Brasil.
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