“Canetas emagrecedoras” começam a chegar no Brasil; veja como funciona

O mercado farmacêutico brasileiro se prepara para uma nova fase no combate à diabetes tipo 2 e à obesidade. A farmacêutica EMS anunciou que vai lançar, no segundo semestre de 2025, canetas injetáveis com liraglutida, um princípio ativo já consagrado no tratamento dessas condições. 

O anúncio ocorre em meio à expectativa pela quebra da patente do Ozempic, medicamento de referência da dinamarquesa Novo Nordisk, que utiliza a semaglutida como princípio ativo. 

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A EMS deve liderar essa nova fase com dois produtos: Lirux, voltado para o controle glicêmico, e Olire, indicado para a perda de peso. Ambos já têm aprovação da Anvisa e deverão chegar ao mercado brasileiro com preços mais acessíveis, democratizando o acesso a terapias avançadas.

Como funcionam as canetas com liraglutida?

A liraglutida é um análogo do hormônio GLP-1, que regula os níveis de açúcar no sangue e reduz o apetite. A aplicação é feita por meio de injeções diárias, utilizando canetas autoinjetáveis, o que facilita a adesão ao tratamento. A expectativa é que os dois produtos estejam disponíveis a partir de agosto de 2025, com uma produção inicial estimada em 250 mil unidades.

• Lirux será indicado para pacientes com diabetes tipo 2.
• Olire terá doses ajustadas para o tratamento da obesidade e sobrepeso.

Apesar de serem confundidos com genéricos, os novos produtos da EMS são classificados como medicamentos similares. Eles têm o mesmo princípio ativo, concentração e forma farmacêutica que os medicamentos de referência, mas são vendidos sob marca própria. 

Essa categoria é regulamentada pela Anvisa e costuma oferecer preços mais acessíveis, ampliando o acesso a tratamentos modernos, especialmente para doenças crônicas como diabetes e obesidade.

E os genéricos de semaglutida (Ozempic)?

A patente do Ozempic (semaglutida) segue válida no Brasil até 2026, o que impede a entrada de genéricos no mercado até lá. Por isso, versões mais baratas da semaglutida só devem estar disponíveis a partir do segundo semestre de 2026.

A semaglutida é considerada mais prática para o paciente, já que sua aplicação é semanal, ao contrário da liraglutida, que requer injeções diárias.