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"Morto de fome": jogador venezuelano diz ter sofrido xenofobia durante partida

Foto: Reprodução/YouTube.
Após derrota para o São Paulo, Navarro revela ter sido ofendido por Damián Bobadilla com insultos xenofóbicos no Morumbi  |   BNews Natal - Divulgação Foto: Reprodução/YouTube.

Publicado em 28/05/2025, às 09h55   Redação



O jogador do Talleres, Navarro, contou ter sofrido xenofobia ao qual diz ter sido vítima no estádio do MorumBIS. Após a partida entre o time argentino e o São Paulo, na zona mista, o lateral revelou que Damián Bobadilla, volante do Tricolor, o teria chamado de “venezuelano morto de fome”.

“Eu estava dizendo ao árbitro para se apressar, porque precisávamos jogar. Aí, do nada, Bobadilla veio e me disse ‘venezuelano morto de fome’. Eu quis sair do jogo, mas, infelizmente, não tínhamos mais substituições. Não quis deixar meu time com um jogador a menos. Minha cabeça não estava mais lá naquele momento. A justiça deve ser feita, isso não pode continuar acontecendo”, disse Navarro.

Entenda o que aconteceu

O São Paulo venceu o Talleres por 2 a 1 nesta terça-feira (27), pela Libertadores, mas a partida ficou marcada por um episódio complicado. O lateral Navarro, da equipe argentina, alegou ter sido insultado por Bobadilla, do Tricolor Paulista. O atleta não quis especificar o que aconteceu, mas deixou o campo chorando.

Navarro é venezuelano, enquanto Bobadilla é paraguaio. Em depoimento à Polícia Militar (PM-SP), o jogador do Talleres afirmou que foi chamado de “morto de fome” pelo jogador do São Paulo.

“Não quero falar disso. Não quero falar de nada, quero ir para casa. Sim, Bobadilla. Ele sabe o que disse. Me ofendeu”, disse ele à ESPN.

Durante a coletiva de imprensa dos treinadores, Mariano Levisman também comentou o assunto. O técnico do Talleres afirmou que seu jogador foi vítima de xenofobia por parte do atleta do São Paulo.

O capitão do Talleres, Augusto Schott, em seu pronunciamento falou em racismo.

“Quero falar sobre um ato de racismo que nós sofremos. Nos dói porque estamos num lugar em que se promove muito a luta contra o racismo. Um companheiro nosso ficou muito triste. Não queria deixar passar simplesmente isso”, explicou.

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