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Você já deve ter notado que existem alguns lugares no país que possuem água em diferentes tonalidades, não é mesmo? Mas você já se perguntou por que isso acontece?
Na Amazônia, por exemplo, o Rio Negro tem água preta, enquanto locais como Arraial do Cabo e Ilha Grande, no Rio de Janeiro, possuem águas azuis bem vibrantes. E isso acontece porque há uma história sobre a vida e a química dos ambientes.
De acordo com o portal CNN Brasil, um estudo realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), intitulado ‘O sensoriamento remoto da cor da água’, explica que tonalidade de um lago, rio ou mar, por exemplo, muda por causa da interação entre a luz do sol e as substâncias presentes na água.
Cada partícula, molécula e organismo absorve e reflete a luz de maneira distinta. Essa é a combinação de fatores que transforma a cor da água em diferentes regiões.
Ainda segundo a pesquisa, a luz solar é formada por diversos comprimentos de onda, do violeta ao vermelho, que quando penetram na água, tem parte de sua energia absorvida e outra espalhada.
A água pura absorve mais a luz nas faixas do vermelho e do infravermelho, e espalha mais o azul, mas o tom pode mudar por completo com um pequeno desvio na composição da água.
De acordo com o estudo do INPE, existem grupos de substâncias que podem determinar a cor natural das águas. Vale destacar que a combinação e a concentração desses elementos variam conforme o ambiente.
São eles: o fitoplâncton (microalgas), que muda o equilíbrio óptico e faz com que o ambiente pareça esverdeado; os inorgânicos, como areia, argila e minerais, que aumentam o espalhamento da luz, resultando em águas amarronzadas ou turvas, e uma substância amarela, que aparece quando existe muita matéria orgânica dissolvida, proveniente de folhas ou detritos vegetais.
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