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Pesquisadores analisaram 528 espécies de mamíferos e 648 de aves para entender por que, em geral, as fêmeas vivem mais. A explicação passa pela composição dos cromossomos sexuais.
Nos mamíferos, como os humanos, as fêmeas têm dois cromossomos X, enquanto os machos possuem um X e um Y. Já nas aves ocorre o contrário: os machos têm dois cromossomos iguais (ZZ) e as fêmeas, dois diferentes (ZW).
Essa diferença pode influenciar a resistência a doenças e o envelhecimento. Segundo matéria do BBC News Brasil, além da genética, os hormônios também desempenham um papel importante.
O estrogênio, por exemplo, tem ação protetora sobre o coração e ajuda a prevenir doenças inflamatórias, o que contribui para a maior expectativa de vida feminina até a menopausa.
Segundo essa hipótese, ter dois cromossomos iguais (como XX ou ZZ) garante uma “reserva genética”, que protege o organismo contra mutações prejudiciais. Se um gene falhar, o outro pode compensar.
Já indivíduos com cromossomos diferentes (XY ou ZW) não têm essa vantagem e podem ser mais suscetíveis a doenças e envelhecimento precoce.
Essa teoria foi reforçada por estudos comparativos que mostram que espécies com fêmeas homogaméticas (XX) tendem a viver mais do que aquelas com fêmeas heterogaméticas (ZW).
A biologia, no entanto, não é a única explicação. Fatores sociais e comportamentais também interferem. Mulheres costumam buscar mais assistência médica, manter hábitos saudáveis e se expor menos a riscos físicos.
Já os homens, em média, se envolvem mais em comportamentos de risco e têm maior exposição à violência.
No Brasil, segundo o IBGE, as mulheres vivem cerca de 74 anos, enquanto os homens vivem 69, uma diferença que reflete a soma entre genética, estilo de vida e contexto social.
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