Paolla Oliveira opina sobre direito ao aborto e corpo das mulheres; confira

Durante participação no programa Roda Viva, exibido nesta segunda-feira (05), a atriz Paolla Oliveira se posicionou de forma clara e direta a favor da legalização do aborto e da autonomia feminina. Ao longo da entrevista, a artista abordou temas sensíveis, como maternidade, direitos das mulheres e padrões de comportamento impostos pela sociedade.

“Acho que toda vez que a gente fala sobre as questões femininas tem sempre um entorno que leva a gente a se aprisionar. As decisões não serem só nossas, as escolhas não serem só nossas”, declarou Paolla, ao lado de jornalistas e comentaristas como Carolina Morand, Paola Deodoro, Chico Barney, Marcia Disitzer e Nilson Xavier.

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A atriz foi enfática ao defender que o aborto deve ser tratado como um direito da mulher: “Acho que parte tudo do mesmo lugar. Da gente ter o corpo que a gente quer, se sentir bonita da maneira como a gente é, escolher ter filhos, escolher fazer um aborto. Eu acho que isso é uma escolha da mulher. Eu sou a favor”, afirmou.

Paolla também fez críticas à atual legislação brasileira sobre o tema e classificou como um “retrocesso” a ausência de debate sobre o direito à escolha. “Acho que isso deve ser visto e revisto em relação ao que tem a ver com leis, mas é uma questão da mulher. Tem que ser. Acho que a gente tem que rever”, completou.

Além do tema do aborto, a atriz falou sobre sua personagem Heleninha, no remake da novela Vale Tudo. Ela ressaltou a complexidade da personagem, tradicionalmente marcada por crises e problemas com o álcool. “A Heleninha, a gente tem ela quase que como um estereótipo. A mulher da crise, do escândalo, a bêbada. Para mim, ela é mais. Uma mulher com tantas camadas, desafios, conflitos”, refletiu.

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Questionada sobre sua decisão de não ter filhos, Paolla afirmou que não sente vergonha de falar sobre o assunto. Para ela, a maternidade é um ato legítimo e profundo, mas deve ser fruto de escolha pessoal — e não de cobrança externa. “A maternidade é especial, mas não deve ser uma obrigação social”, concluiu.