Entretenimento
Localizado entre Mossoró e Baraúna, o parque é a primeira unidade de conservação federal do estado, com 8.500 hectares. - DivulgaçãoPublicado em 30/06/2025, às 08h52 Dani Oliveira
O Rio Grande do Norte passou a contar oficialmente com uma nova opção de turismo sustentável e preservação ambiental. Na última sexta-feira (27), foi realizada a cerimônia de abertura do Parque Nacional da Furna Feia para visitação pública. O evento ocorreu na Palhoça da Furna Nova e reuniu representantes do ICMBio, CECAV, autoridades estaduais, cientistas e moradores da região.
Onde fica o Parque
Localizado entre os municípios de Mossoró e Baraúna, o parque é a primeira unidade de conservação federal de proteção integral criada no estado, por meio de decreto presidencial em 2012. Com cerca de 8.500 hectares, abriga uma rica biodiversidade da Caatinga, 218 cavernas catalogadas, espécies ameaçadas de extinção e importantes sítios arqueológicos, como o Lajedo em Pé e o Abrigo do Letreiro, onde há registros de pinturas rupestres.
Desde o começo abracei esta causa, tanto como deputada federal quanto como senadora. Hoje, celebramos um sonho que exigiu muita perseverança, estudo e planejamento”, disse a governadora Fátima Bezerra relembrou a luta pela criação da unidade.
Potencial turístico
A governadora destacou ainda o potencial turístico do parque, que conta com “quase nove mil hectares e mais de 250 cavernas”.
A diretora do parque, Lúcia Guaraldo, também celebrou a conquista: “Essa emoção é coletiva. Foram 13 anos de luta com nossos parceiros, o conselho consultivo e as comunidades locais”.
A prefeita de Baraúna, Divanize Oliveira, reforçou a importância da abertura para o município: “Este parque vai colocar Baraúna no mapa do ecoturismo. Essa riqueza pertence às comunidades e vai trazer desenvolvimento para nossa região”.
Conservação dos recursos hídricos
Além do turismo de base comunitária, o parque desempenha um papel importante na conservação dos recursos hídricos do semiárido, contribuindo para o armazenamento natural de água em cavernas.
Atrativos para os visitantes
Os visitantes poderão explorar cavernas com claraboias naturais, observar espécies como o macaco-prego-de-peito-amarelo e a suindara (espécie de coruja), além de ter contato com o artesanato, culinária e práticas sustentáveis das comunidades vizinhas.
A cerimônia contou ainda com a presença da senadora Zenaide Maia, do deputado federal Fernando Mineiro, da deputada estadual Divaneide Basílio, e de representantes de diversas instituições públicas e municípios da região.
O nome "Furna Feia"
Se deve à percepção inicial que os moradores tinham das cavernas da região, consideradas escuras, com abismos e habitadas por animais como morcegos e corujas, o que as fazia parecer "feias" aos olhos deles. Essa percepção negativa acabou se tornando o nome oficial do parque, apesar de hoje a área ser reconhecida por sua beleza e importância ecológica.
Em detalhes
• Percepção inicial:
As cavernas, com suas características como a escuridão, a presença de animais como morcegos e corujas, e a impressão de perigo devido aos abismos, eram vistas como lugares "feios" pelos moradores locais.
• Nomeação:
Essa percepção negativa se tornou o nome popular da região e, eventualmente, do parque nacional, que se chama Parque Nacional da Furna Feia.
• Significado de "furna":
"Furna" é um termo regional que significa caverna, buraco ou cavidade.
• "Feia" no contexto:
A palavra "feia" não se refere à falta de beleza intrínseca, mas sim ao aspecto "feio" percebido pelos moradores na época, devido à escuridão e perigos associados.
Classificação Indicativa: Livre
