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Publicado em 24/06/2025, às 10h29 Redação
Quem convive com gatos sabe o quanto é difícil manter os bichinhos longe da cama. O conforto do colchão, o calor das cobertas e a companhia do tutor são irresistíveis para esses animais.
Muitos gatos se tornam companheiros fiéis das noites de sono, mas essa prática ainda gera dúvidas: é seguro? Traz benefícios? Ou há riscos escondidos?
O conforto das cobertas e o calor humano atraem os felinos , que gostam de estar perto do tutor durante a noite. Mais do que uma preferência, esse comportamento reflete confiança e segurança.
Segundo Victoria Castelo, veterinária especializada em felinos, “quando um gato escolhe dormir com você, demonstre que se sente seguro e confortável na sua presença”.
Apesar do carinho que essa rotina traz, muitos tutores ficam em dúvida: será que dormirá com o gato faz bem? Existem riscos envolvidos? A resposta é que o hábito pode ser muito positivo, mas exige responsabilidade para garantir a saúde de ambos.
Dormir com seu gato pode fortalecer o vínculo afetivo e proporcionar uma sensação de bem-estar. O contato físico durante a noite ajuda a reduzir o estresse e a ansiedade, liberando oxitocina, o chamado “hormônio do bem-estar”.
O ronronar do felino também tem efeito calmante e pode ajudar o tutor a ter um sono mais tranquilo.
“Esse contato melhora a relação entre tutor e animal e traz benefícios emocionais para ambos”, destaca Vitoria. Além disso, nos dias frios, o calor compartilhado é um conforto extra.
Embora os benefícios sejam claros, é importante considerar os cuidados necessários para evitar problemas de saúde.
Os gatos podem transmitir algumas zoonoses , doenças que passam dos animais para os humanos, principalmente se não forem bem cuidados. Entre as mais comuns estão: micose, esporotricose, sarna, giardíase e verminoses, como a equinococose.
“Os riscos estão associados principalmente à falta de higiene, ausência de cuidados veterinários e contato com ambientes externos”, explica Victoria. Por isso, é fundamental garantir que o animal de estimação esteja saudável para que a convivência seja segura.
A quem deseja dormir com o gato sem preocupações, alguns cuidados básicos são indispensáveis. Manter a vermifugação em dia, controlar pulgas e carrapatos, vacinar regularmente e fazer consultas veterinárias anuais são passos essenciais.
Além disso, limitar o acesso do gato à rua ou o contato com outros animais desconhecidos reduz a chance de contaminação.
Escovar os pelos frequentemente também ajuda a manter a higiene, enquanto os banhos só são necessários em casos específicos, sob orientações veterinárias e para tratamentos dermatológicos, por exemplo.
Victoria reforça: “Gatos são naturalmente limpos e costumam se cuidar sozinhos, o banho não é obrigatório, salvo em algumas situações”.
Nem sempre dividir a cama é recomendado. Pessoas alérgicas a gatos ou que têm problemas de sono podem ser prejudicadas pela presença do animal na cama.
“Se o tutor tiver alergias ou dificuldades para dormir, a invasão do espaço pode piorar a qualidade do sono” , alerta a veterinária.
Se a intenção é evitar que o gato durma na cama, é importante lembrar que mudar hábitos pode causar estresse ao animal, que está muito ligado à rotina.
Para oferecer uma alternativa, o tutor pode criar um espaço aconchegante, com uma caminhada macia e localizada em um canto tranquilo da casa. Assim, o gato terá seu próprio refúgio confortável.
Classificação Indicativa: Livre