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O governo chinês intensificou nas últimas semanas a repressão contra comunidades religiosas que atuam fora do controle estatal.
Segundo matéria do Gazeta do Povo, pelo menos 30 pastores e líderes cristãos foram presos em diferentes regiões do país, incluindo Pequim, Guangxi, Zhejiang e Shandong.
O alvo principal da operação foi a Igreja Zion, uma das maiores congregações protestantes não registradas da China.
Entre os detidos está o pastor Ezra Jin Mingri, fundador da igreja, levado de casa por agentes de segurança e acusado de “uso ilegal de redes de informação”, um termo genérico frequentemente usado pelo governo para justificar prisões de líderes religiosos independentes.
Familiares relatam que Mingri sofre de diabetes e está sem acesso a medicamentos e advogado.
A prisão dele não é um caso isolado. Desde que a Zion se recusou a se registrar oficialmente sob o controle do Partido Comunista, templos foram fechados, materiais religiosos confiscados e fiéis convocados para interrogatórios.
Esse contexto deixa claro como a China prende pastores que insistem em atuar fora das regras do Estado.
Com os templos físicos cada vez mais monitorados, muitas comunidades passaram a realizar cultos online e reuniões virtuais.
Mas o governo também controla esse espaço: plataformas de transmissão foram bloqueadas, equipamentos foram confiscados e páginas religiosas derrubadas.
O que antes era uma alternativa para manter a fé agora se tornou mais um campo de vigilância e punição.
Embora a Constituição chinesa garanta liberdade de crença, na prática o direito só é reconhecido quando a religião se submete ao controle estatal.
Igrejas não registradas são classificadas como ilegais, e líderes que insistem em manter suas atividades enfrentam detenção e processos jurídicos.
Organizações internacionais e governos estrangeiros vêm denunciando essas ações como uma violação das liberdades fundamentais.
Para milhares de cristãos, isso significa praticar a fé com cautela, entre a convicção pessoal e o risco constante de prisão. A situação evidencia como a repressão religiosa na China continua avançando, com impactos diretos na vida de líderes e fiéis.
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