Cidades

Pessoas passam mal após comer peixe em restaurante de Natal; vigilância sanitária investiga o caso

Os principais sintomas da intoxicação por ciguatoxinas incluem dores abdominais e problemas neurológicos. - Divulgação
Dois pacientes seguem internados enquanto a Vigilância em Saúde coleta amostras para análise em laboratório  |   BNews Natal - Divulgação Os principais sintomas da intoxicação por ciguatoxinas incluem dores abdominais e problemas neurológicos. - Divulgação

Publicado em 09/05/2025, às 07h47   Dani Oliveira



Pelo menos oito pessoas passaram mal após consumir peixe em um restaurante de Natal nesta semana. Segundo a Secretaria de Saúde Pública do RN (Sesap), dois pacientes seguem internados, e o caso é tratado como surto. Equipes de Vigilância em Saúde e Vigilância Sanitária visitaram o estabelecimento na quarta-feira (7), coletaram amostras dos alimentos e enviaram ao Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) para análise.

Os episódios ocorrem menos de um mês após a Sesap orientar sobre riscos de intoxicações por pescado, incluindo ciguatera — infecção causada por toxinas produzidas por microalgas em recifes de coral. A coordenadora de Vigilância em Saúde, Diana Rêgo, ressalta que ainda não há confirmação de ciguatera nem de outra contaminação específica.


Como ocorre a intoxicação por ciguatoxinas

Microalgas (Gambierdiscus toxicus) em corais são ingeridas por peixes herbívoros.

Carnívoros consomem esses peixes, concentrando toxinas em fígado, intestinos, ovas e cabeça.

Humanos são afetados ao consumir peixe contaminado; as toxinas resistem a cozimento e congelamento.

Principais sintomas

Gastrointestinais: dores abdominais, náuseas, vômitos e diarreia (de minutos a 48 horas).

Neurológicos: inversão térmica (sensação de frio ao calor, e vice-versa), formigamento, cefaleia, fraqueza e visão turva (dias a meses).

Cardíacos: bradicardia, hipotensão ou bloqueios de condução (eventuais e transitórios).

O tratamento é de suporte: hidratação, controle dos sintomas e repouso, já que não há antídoto específico. A investigação segue em curso para determinar a causa exata do surto.

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