Cidades

Mulher que espera há 9 anos por cirurgia de colostomia estava em fila errada, diz Sesap

Após 9 anos de espera, Leila enfrenta complicações - Foto: Pedro Trindade/Inter TV Cabugi
Leila Tavares vive com bolsa de colostomia improvisada e aguarda cirurgia que deveria ter sido feita há anos  |   BNews Natal - Divulgação Após 9 anos de espera, Leila enfrenta complicações - Foto: Pedro Trindade/Inter TV Cabugi

Publicado em 12/06/2025, às 16h30   Redação



Leila Tavares, de 44 anos, vive há nove anos com uma bolsa de colostomia improvisada com sacos plásticos, por falta de material adequado na rede estadual. Moradora do bairro Felipe Camarão, em Natal, ela deveria ter passado por cirurgia de reversão apenas quatro meses após o procedimento inicial, realizado em 2016. No entanto, só agora o caso avançou, e por um motivo grave: ela estava na fila errada do sistema de regulação.

A informação foi confirmada nesta quarta-feira (11) pela Secretaria de Estado da Saúde Pública do RN (Sesap), que atribuiu o erro a uma falha de comunicação no cadastro da paciente. Segundo o secretário Alexandre Motta, Leila estava registrada para outro procedimento, e não para a reversão de colostomia.

A paciente também desenvolveu uma hérnia na região do estoma, o que impede o uso de bolsas convencionais e agrava ainda mais seu quadro. “A gente lamenta que essa paciente tenha passado por isso”, afirmou o secretário. Após tomar conhecimento do caso, a Sesap informou que Leila foi incluída na fila correta, que atualmente tem cinco pessoas, com tempo médio de espera de um mês.

Mesmo com a reavaliação feita nesta quinta (12), Leila ainda terá que aguardar a autorização de exames solicitados por uma médica do Estado, além de perder 10 kg para poder realizar o procedimento. Ela reclama da burocracia: “Mandaram eu voltar para o posto para pedir exames. Isso vai atrasar mais ainda. Eu tô cansada disso. Tô morrendo, ninguém resolve nada”, desabafou.

A cirurgia deve incluir tanto a reversão da colostomia quanto a retirada da hérnia. Leila relata que a condição limita sua vida diária e cobra dignidade: “Eu deixei de viver. Só levanto da cama porque tenho filhos e netos. Mas viver, isso não é”.

A Sesap afirma que acompanha o caso e promete celeridade no trâmite para que a paciente finalmente seja operada.

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