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Lenda brasileira ganha destaque na COP30 com escolha do Curupira como mascote

Lenda brasileira ganha destaque na COP30 com escolha do Curupira como mascote - Reprodução
O Curupira, figura folclórica brasileira, simboliza o compromisso do Brasil na luta contra as mudanças climáticas na COP30  |   BNews Natal - Divulgação Lenda brasileira ganha destaque na COP30 com escolha do Curupira como mascote - Reprodução

Publicado em 01/07/2025, às 20h20   BNews Natal



Na terça-feira, 1º de julho, a equipe responsável pela COP30 apresentou a imagem do personagem que vai representar o evento. O escolhido foi o curupira, figura do folclore brasileiro conhecida por proteger as florestas.

Com cabelos em chamas e pés voltados para trás, o personagem faz parte da identidade visual da conferência, programada para acontecer entre os dias 10 e 21 de novembro, em Belém, no Pará.

A Conferência das Partes (COP30) marca o décimo aniversário do Acordo de Paris, que estabeleceu metas para conter o aquecimento global por meio da redução de emissões de gases de efeito estufa. Para a organização, o curupira simboliza o compromisso da presidência brasileira em fortalecer as ações de enfrentamento à crise climática.

Em nota, os organizadores afirmam que o personagem representa a proteção da natureza e a urgência de preservar o meio ambiente.

Em carta dirigida à comunidade internacional, o presidente da COP30, André Corrêa do Lago, destacou que as florestas terão papel de destaque nas discussões do encontro.

Ao escrever sobre o tema, o embaixador afirmou que, ao nos reunirmos na Amazônia brasileira, será necessário escutar com atenção as evidências científicas mais recentes e refletir sobre o papel fundamental que as florestas e seus povos desempenham na luta contra a mudança climática.

Ele destacou ainda que esses ecossistemas oferecem uma oportunidade crucial para ganhar tempo diante de um cenário cada vez mais desafiador.

Personagem folclórico

O nome Curupira tem origem na língua tupi-guarani, em que "curumim" significa menino e "pira", corpo. A figura é tradicional na cultura amazônica e está relacionada à defesa da natureza, em especial das matas e dos animais, sendo considerada inimiga da caça predatória.

Seus pés invertidos funcionam como armadilha para confundir aqueles que tentam persegui-lo.

De acordo com a organização do evento, a primeira menção ao Curupira na história do Brasil foi feita em 1560 pelo padre José de Anchieta. Em carta escrita em São Vicente, litoral de São Paulo, o jesuíta relatou o temor dos povos indígenas em relação à criatura e mencionou a prática de oferendas como forma de proteção.

Anchieta, que buscava integrar o catolicismo à cultura indígena, utilizava poemas e peças teatrais em sua missão religiosa. Em uma dessas obras, descreveu a importância da figura folclórica para as comunidades locais.

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