Cidades

Conheça o caso do homem que ganhou 14 vezes na loteria e seus truques para atrair a "sorte"

Mandel provou que a matemática pode vencer o acaso, mostrando que a sorte pode ser manipulada com conhecimento e estratégia. - Imagem gerada por IA
A trajetória de Mandel, desde sua primeira vitória de US$ 19 mil até o prêmio de US$ 27 milhões, que mudou as regras das loterias por seus truques  |   BNews Natal - Divulgação Mandel provou que a matemática pode vencer o acaso, mostrando que a sorte pode ser manipulada com conhecimento e estratégia. - Imagem gerada por IA
Dani Oliveira

por Dani Oliveira

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Publicado em 09/10/2025, às 09h35



Stefan Mandel, um economista romeno, ganhou 14 vezes na loteria ao tratar o jogo como um problema matemático, utilizando um sistema de combinações que lhe garantiu prêmios milionários e o tornou uma lenda entre apostadores.

Ele desenvolveu um método que envolvia calcular todas as combinações possíveis em loterias com menos de 10 milhões de opções, garantindo que o prêmio fosse pelo menos três vezes maior que o custo total dos bilhetes.

Após seu maior prêmio de US$ 27 milhões em 1992, as loterias ao redor do mundo mudaram suas regras para proibir a compra em massa e o uso de sistemas automatizados, tornando o método de Mandel impossível de replicar atualmente.

Resumo gerado por IA

Enquanto milhões de pessoas ao redor do mundo apostam movidas pela esperança de um golpe de sorte, o romeno Stefan Mandel decidiu tratar a loteria como um problema matemático.

O resultado foi inacreditável: ele ganhou 14 vezes, acumulando prêmios milionários e se tornando uma verdadeira lenda entre estatísticos e apostadores.

Mas Mandel não contou com a sorte. Economista de formação, ele criou um sistema de combinações numéricas capaz de prever probabilidades reais de vitória — um método tão eficiente que acabou sendo proibido em todo o mundo após seus sucessivos acertos.

O romeno Stefan Mandel decidiu tratar a loteria como um problema matemático. Imagem redes sociais acervo Stefan Mandel.
O romeno Stefan Mandel decidiu tratar a loteria como um problema matemático. Imagem redes sociais acervo Stefan Mandel.

A lógica por trás da sorte
Stefan Mandel percebeu que a chave estava nas combinações possíveis de números. Se fosse possível cobrir todas as alternativas matemáticas de uma loteria, as chances de acerto se tornariam inevitáveis. O desafio, claro, era fazer isso sem gastar mais do que o valor do prêmio.

Para alcançar o equilíbrio, ele passou a estudar loterias com menos de 10 milhões de combinações possíveis e prêmios pelo menos três vezes maiores do que o custo para adquirir todos os bilhetes.

A partir daí, criou um fundo de apostas com investidores, desenvolveu algoritmos de condensação combinatória e automatizou o preenchimento de bilhetes — tudo dentro da lei da época.

O passo a passo do “método Mandel”

Escolher a loteria ideal — Sorteios com número reduzido de combinações e prêmios altos.

Listar todas as combinações possíveis — Com auxílio de cálculos e algoritmos.

Reunir um grupo de investidores — Para financiar a compra massiva de bilhetes.

Preencher e imprimir bilhetes em massa — Usando computadores e impressoras, antes de as regras mudarem.

Calcular o lucro — Só apostar quando o prêmio garantisse retorno superior ao investimento.

De US$ 19 mil à fama mundial
A primeira vitória veio nos anos 1960, quando Mandel ganhou o equivalente a US$ 19 mil — valor suficiente para deixar a Romênia e se mudar para a Austrália, onde aperfeiçoou o método e fundou o International Lotto Fund (ILF), um grupo de apostas que venceu loterias em países como Austrália e Estados Unidos.

A primeira vitória veio nos anos 1960, quando Mandel ganhou o equivalente a US$ 19 mil. Imagem Redes Sociais acervo Stefan Mandel.
A primeira vitória veio nos anos 1960, quando Mandel ganhou o equivalente a US$ 19 mil. Imagem Redes Sociais acervo Stefan Mandel.

Em 1992, ele aplicou o mesmo raciocínio na loteria da Virgínia (EUA) e levou para casa US$ 27 milhões, o maior prêmio de sua trajetória.

O sucesso, porém, marcou também o fim da estratégia: após o caso, loterias de todo o mundo alteraram as regras, proibindo a compra em massa e o uso de sistemas automatizados.

Matemática contra o acaso
Atualmente, o método de Stefan Mandel seria impossível de replicar. Ainda assim, sua história segue como um exemplo fascinante de como a lógica pode transformar o acaso em probabilidade, e de que, antes de depender da sorte, é preciso saber jogar com os números certos.

O matemático que transformou a teoria em fortuna
Nascido em 1948, na cidade de Iași, na Romênia, Stefan Mandel sempre demonstrou uma curiosidade incomum por matemática e lógica. Desde jovem, via nos números não apenas uma disciplina escolar, mas uma ferramenta para decifrar o mundo.

Formou-se com honras na Universidade de Iași, onde mergulhou nos estudos de probabilidade e combinatória. Após a graduação, chegou a lecionar matemática em uma escola local, mas logo percebeu que sua verdadeira vocação era aplicar o raciocínio matemático a problemas práticos — inclusive àqueles que pareciam depender apenas da sorte.

Foi então que começou a se debruçar sobre o funcionamento das loterias. Por anos, estudou padrões, estatísticas e probabilidades em diferentes países, até chegar a um conceito que mudaria sua vida: a “condensação combinatória” — um algoritmo criado para reduzir o número de combinações necessárias e identificar apostas mais vantajosas.

A ideia era simples e genial: comprar todas as combinações possíveis de um sorteio, mas apenas quando o prêmio fosse maior que o investimento total. Assim, Mandel garantia o lucro matematicamente.

Como o plano exigia recursos altos, ele reuniu grupos de investidores dispostos a financiar a compra em massa dos bilhetes. O retorno, quando vinha, era milionário — e compartilhado entre todos os participantes.

Classificação Indicativa: Livre

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