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Publicado em 24/07/2025, às 10h09 Redação
Apesar de sua ampla infraestrutura e capacidade para receber aeronaves de grande porte, o aeroporto de Natal segue subutilizado em operações de voos alternados, devido à falta de equipamentos motrizes adequados para o reboque de grandes aeronaves, classificadas como categoria E.
Os voos alternados são aqueles desviados para aeroportos não previstos originalmente para sua operação. Por exemplo, o aeroporto de Fortaleza frequentemente recebe alternados internacionais de companhias como Latam, Azul, Air France, Iberia, Klm e Swiss.
Teoricamente, a localização estratégica de Natal, tão favorável quanto Fortaleza, permitiria que a capital potiguar também recebesse esses voos com regularidade. No entanto, a ausência de um trator rebocador específico para aviões com envergadura superior a 52 metros – entre eles o Airbus 330, o Boeing 787-9 e o Airbus 350 – impede que o aeroporto opere de forma otimizada essas aeronaves.
De acordo com a Zurich Airports, responsável pela administração do aeroporto de Natal, existem equipamentos compatíveis, como barras de reboque e escadas, mas sem o trator adequado, o processo de pushback se torna inviável.
A responsabilidade pelo investimento desse ativo recai sobre as empresas de handling, que, no caso de Natal, é a DNATA. A escolha por não adquirir o trator se dá pelo fato de o aeroporto operar com menor frequência voos regulares com widebodies – por exemplo, a TAP, atualmente, opera voos com o A321 LR (categoria 4C), substituindo o Airbus A330, que era mais comum até menos de uma década atrás.
Essa situação impacta não só o movimento aéreo, mas também o conforto dos passageiros. Em cenários de voos alternados, a falta do equipamento de pushback obriga a utilização de escadas e ônibus para desembarque, método menos confortável do que o uso de pontes de embarque.
A ausência de aeronaves de fuselagem larga reduz a perspectiva de uma operação cargueira significativa no aeroporto, já que os aviões de corredor único não possuem capacidade de carga compatível para longas distâncias, como as travessias do Atlântico.
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