Cidades

Adolescente potiguar recebe medula óssea de doador da Polônia e inicia recuperação após transplante bem-sucedido

Com a doação, a família de Bernardo reforça a necessidade de solidariedade e a importância de dizer 'sim à vida'. - Reprodução/Redes sociais
O adolescente potiguar Bernardo, de 14 anos, inicia recuperação após transplante bem-sucedido realizado no Recife com doador da Polônia  |   BNews Natal - Divulgação Com a doação, a família de Bernardo reforça a necessidade de solidariedade e a importância de dizer 'sim à vida'. - Reprodução/Redes sociais
Dani Oliveira

por Dani Oliveira

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Publicado em 13/10/2025, às 11h41



Bernardo Barreto de Oliveira, um jovem de 14 anos do Rio Grande do Norte, recebeu um transplante de medula óssea de um doador polonês, após meses de espera e campanhas nas redes sociais, marcando um avanço significativo em sua luta contra a leucemia mieloide aguda.

A mobilização da família e da comunidade resultou em um aumento no número de cadastros no Redome, com o estado contabilizando 86 mil voluntários, o que pode ampliar as chances de outros pacientes encontrarem doadores compatíveis.

Bernardo agora inicia o processo de recuperação e monitoramento intensivo, enquanto sua família celebra cada progresso e destaca a importância da doação de medula óssea para salvar vidas.

Resumo gerado por IA

O jovem potiguar Bernardo Barreto de Oliveira, de 14 anos, deu um passo decisivo na luta contra a leucemia mieloide aguda, doença diagnosticada no início de 2023. Após meses de espera e campanhas nas redes sociais, o adolescente recebeu um transplante de medula óssea de um doador 100% compatível da Polônia.

O procedimento foi realizado com sucesso na última terça-feira (7), no Real Hospital Português, em Recife (PE). Cercado pela família, Bernardo agora inicia o processo de recuperação e acompanhamento médico pós-transplante.

É um momento de muita fé e esperança, que trouxe alívio e alegria aos nossos corações”, declarou a mãe do adolescente, professora Monalisa Barreto, emocionada com o desfecho positivo após meses de angústia e mobilização.

Campanha mobilizou milhares de pessoas nas redes sociais
Desde março, quando os médicos confirmaram a necessidade urgente do transplante, a família Barreto lançou uma campanha digital para encontrar um doador compatível, pedindo apoio à população para se cadastrar no Redome (Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea).

A corrente de solidariedade ganhou força nas redes, envolvendo amigos, escolas e comunidades do Rio Grande do Norte, além de incentivar novos cadastros no sistema nacional. Hoje, o estado contabiliza 86 mil voluntários inscritos no Redome — número que tende a crescer após o caso de Bernardo sensibilizar o país.

A corrente de solidariedade ganhou força nas redes, envolvendo amigos, escolas e comunidades do Rio Grande do Norte, além de incentivar novos cadastros no sistema nacional. Imagem: reprodução redes sociais.
A corrente de solidariedade ganhou força nas redes, envolvendo amigos, escolas e comunidades do Rio Grande do Norte, além de incentivar novos cadastros no sistema nacional. Imagem: reprodução redes sociais.

Transplante internacional e ato de solidariedade
O doador polonês, que não conhece Bernardo nem sua família, realizou a coleta de medula no dia 6 de outubro, pela manhã.

No dia seguinte, o material foi transportado para o Brasil e implantado com sucesso no adolescente.

O que esse homem fez foi um gesto de amor imenso. Ele nem sabe quem somos, mas disse sim à vida de alguém do outro lado do mundo”, contou Monalisa, destacando a emoção ao saber que a medula havia chegado em segurança ao Recife.

Recuperação e novos cuidados
Com o transplante concluído, Bernardo segue em monitoramento intensivo, em fase de recuperação e adaptação imunológica.

A família permanece ao lado do adolescente, celebrando cada pequeno avanço e reforçando a importância da fé e da doação voluntária.

“Agora é cuidar, esperar e agradecer. A luta continua, mas com a esperança renovada”, disse Monalisa.

A importância da doação de medula óssea
O caso de Bernardo reforça a relevância do cadastro no Redome, que é fundamental para ampliar as chances de pacientes com doenças hematológicas encontrarem doadores compatíveis.

No Brasil, as probabilidades de compatibilidade entre não parentes são de 1 em cada 100 mil pessoas, o que torna o aumento do número de voluntários essencial para salvar vidas.

O processo é simples: basta se cadastrar nos hemocentros estaduais e realizar um exame de sangue para entrar no banco de dados nacional. Caso a compatibilidade seja confirmada, o doador é contatado para repetir o exame e, em seguida, fazer a coleta da medula — procedimento seguro, rápido e indolor.

Que outras famílias possam viver esse mesmo milagre e que mais pessoas digam ‘sim à vida, sim à doação de medula óssea’”, finalizou a mãe de Bernardo.

Classificação Indicativa: Livre

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