Política
Publicado em 19/06/2025, às 15h39 A porta-voz da Casa Branca destaca a urgência em impedir que o Irã produza armas nucleares em curto prazo. - Reprodução Aryela Souza
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (19) que tomará uma decisão "nas próximas duas semanas" sobre a entrada ou não do país no conflito direto entre Israel e Irã, que completa sete dias de escalada. A declaração foi feita por meio de um comunicado lido pela porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt.
No texto, Trump condiciona sua decisão à possibilidade de um acordo diplomático com o governo iraniano.
Com base no fato de que há uma chance substancial de negociações que podem ou não ocorrer com o Irã em um futuro próximo, tomarei minha decisão de ir ou não nas próximas duas semanas", disse o presidente.
A porta-voz Karoline Leavitt ressaltou que, embora o presidente busque uma solução diplomática, o objetivo principal é evitar que o Irã desenvolva armas nucleares. Para isso, qualquer acordo com Teerã precisaria, segundo a Casa Branca, impedir o enriquecimento de urânio e eliminar completamente a capacidade do país de produzir uma bomba atômica. A urgência foi enfatizada pela alegação de Trump de que o Irã estaria a apenas duas semanas de conseguir construir a arma.
A Opção Militar e a Resposta Iraniana
Enquanto a via diplomática é considerada, a opção militar parece cada vez mais próxima. Na quarta-feira (18), Trump se reuniu com seu Conselho de Segurança Nacional e, segundo fontes da imprensa americana, teria aprovado de forma preliminar planos para um ataque ao Irã, embora a informação ainda não tenha sido confirmada oficialmente.
Em resposta a esses relatos, o líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, advertiu que qualquer ofensiva americana no país terá "consequências sérias e irreparáveis".
Análise: Fatores que Aumentam a Probabilidade de Intervenção
Especialistas em relações internacionais apontam que uma participação direta dos Estados Unidos no conflito se torna cada vez mais provável por uma série de fatores. O primeiro é a aliança histórica e o compromisso de defesa com Israel. Soma-se a isso a retomada da política de "pressão máxima" de Trump sobre o Irã e a recente e ostensiva movimentação de caças, aviões estratégicos e navios de guerra americanos para o Oriente Médio.
Outro fator crucial é a capacidade bélica exclusiva dos EUA. Segundo analistas militares, apenas os Estados Unidos possuem armamento pesado, como as bombas "bunker buster", com capacidade para destruir os bunkers subterrâneos onde o Irã enriquece urânio, o que aumenta a pressão sobre Washington para uma ação direta.
Veja comunicado na íntegra, traduzido:
O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (19) que tomará uma decisão "nas próximas duas semanas" sobre a entrada ou não do país na guerra entre Israel e Irã. Veja comunicado na íntegra, traduzido: pic.twitter.com/wNVkgwaBch
— BNews Natal (@BnewsNatal) June 19, 2025
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